O terceiro ato contra a o aumento da tarifa dos ônibus municipais foi realizado na tarde de ontem e reuniu cerca de 70 pessoas no Centro. Elas seguem manifestando, inicialmente contra o aumento dos coletivos, que foi de R$ 3,00 para R$ 3,50, e querem posteriormente a implantação da tarifa zero em Guarulhos.
Coordenado pelo Movimento Passe Livre (MPL) Guarulhos, os manifestantes se reuniram em frente à igreja matriz e decidiram caminhar até o teatro Adamastor, na avenida Monteiro Lobato, onde aconteceria uma reunião da Secretaria de Transportes e Trânsito (STT) com representantes das empresas de ônibus da cidade, para apresentação das planilhas de gastos e justificar o aumento da tarifa.
O ato foi batizado como “o enterro da tarifa”. Um caixão e uma catraca de papelão foram carregados por todo o trajeto. “Mesmo não sendo ligado a qualquer movimento, participei dos três atos contra o aumento da tarifa, por ser um cidadão de Guarulhos e não aprovar o aumento dos ônibus. É um absurdo este preço, e acredito que se tiver um planejamento é possível chegarmos a tarifa zero”, disse o professor Ricardo Ferreira Batista, de 28 anos. “A manifestação é muito válida, pois mostra a todos que a população está indignada, e coloca a tarifa em pauta”, observou.
Quando chegaram em frente ao Adamastor, os manifestantes sentaram na via, fechando a avenida Monteiro Lobato no sentido bairro, e passaram a discursar sobre as reivindicações do grupo. Ao final, colocaram fogo no caixão e na tarifa simbólica, e prometeram que enquanto o preço do ônibus não baixar, os protestos continuarão.
A Polícia Militar seguiu junto aos manifestantes, com cordões de isolamento, durante todo o trajeto, para manter a segurança. Em torno de 50 PMs acompanharam o protesto, com o apoio de oito viaturas.
Ao passar pelo Centro da cidade, a manifestação contra o aumento da tarifa contagiou algumas pessoas que não sabiam sobre o ato. Algumas delas aproveitaram e seguiram junto ao protesto, na caminhada até o Adamastor.
“Resolvi seguir junto e lutar pelos meus direitos, pois não dá para concordar com a tarifa a R$ 3,50, enquanto não temos qualidade no transporte público”, contou Fátima Aparecida da Silva, de 56 anos, que é servidora pública e caminhou até o Adamastor, acompanhada de sua filha, de 18 anos.
ENCONTRO
A reunião da Secretaria de Transportes e Trânsito que aconteceria no Adamastor foi prejudicada pela manifestação, e não aconteceu. O secretario Atílio André Pereira se propôs conversar com o presidente da Câmara dos Vereadores para tentar remarcar o encontro em uma audiência pública na Casa de Leis.
“Como tivemos a reunião prejudicada e os manifestantes querem algo aberto, a ideia é fazer uma audiência pública, se possível na próxima semana, aberta a toda população”, explicou Atílio Pereira.
Fonte: Guarulhos Hoje