OAS pede recuperação judicial

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Com parte das ações do Aeroporto de Guarulhos e responsável pela Parceria Público-Privada (PPP) do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Guarulhos, a construtora OAS apresentou ontem à Justiça o pedido de recuperação judicial de nove de suas empresas.

Segundo comunicado divulgado pela própria companhia “a iniciativa foi o melhor caminho encontrado pelo Grupo para renegociar suas dívidas com credores e fornecedores diante da intensa restrição de crédito verificada desde o final do ano passado. A OAS decidiu também que concentrará esforços naquilo que é sua principal vocação, a construção pesada”.

O pedido inclui a Construtora OAS, OAS S.A., OAS Imóveis S.A., SPE Gestão e Exploração de Arenas Multiuso, OAS Empreendimentos S.A., OAS Infraestrutura S.A., OAS Investments Ltd., OAS Investments GmbH e OAS Finance Ltd.

Além do pedido de recuperação judicial, a OAS também informou que colocará à venda suas participações na Invepar (24,44% do negócio) – que tem a concessão do aeroporto de Cumbica; a OAS Soluções Ambientais (100%), onde consta a PPP do Saae; a fatia no Estaleiro Enseada (17,5%); na OAS Empreendimentos (80%); na OAS Óleo e Gás (61%) e na OAS Defesa (100%), além da Arena Fonte Nova (50%) e da Arena das Dunas (100%).

 

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Após o deferimento do pedido de recuperação pelo Judiciário, a OAS terá 60 dias para apresentar o plano de reestruturação dos débitos aos credores e fornecedores, que terão mais 120 dias para discutir e aprovar a proposta.
“As dívidas contraídas até a data de hoje (31 de março) serão congeladas e renegociadas”, diz o comunicado.
Lava Jato – Segundo investigações da Operação Lava Jato, a OAS integrou durante quase uma década o cartel de empreiteiras que assumiram o controle de contratos bilionários na Petrobrás.

No total, quatro executivos da empresa foram presos por conta da Lava Jato sendo o presidente da empresa, José Aldemário Pinheiro Filho; o vice-presidente do Conselho de Administração Mateus Coutinho de Sá Oliveira; o diretor Agenor Franklin Magalhães Medeiros e o funcionário José Ricardo Nogueira Breghirolli.

O nome da construtora foi relacionado à Lava Jato em novembro do ano passado, na sétima fase da operação “o que resultou na interrupção das linhas de crédito”. “Ao mesmo tempo, clientes suspenderam momentaneamente seus pagamentos e novas contratações. Como consequência, as agências de rating rebaixaram a nota da OAS, o que levou ao vencimento antecipado de suas dívidas”, afirma o comunicado.

Com o agravamento de sua situação, a OAS decidiu, ao final de 2014, suspender temporariamente o pagamento das dívidas que venceriam a partir de janeiro.

A OAS foi a terceira empresa investiga na operação a pedir recuperação judicial, sendo precedida por Galvão Engenharia e Alumni.

 

Fonte: Guarulhos Hoje