Guarulhos é 33° em ranking de saneamento

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A cidade de Guarulhos subiu oito posições no novo Ranking do Saneamento nas 100 Maiores Cidades (acesse em http://www.tratabrasil.org.br), saindo de 41º lugar para 33º lugar. Esse estudo, que foi divulgado nesta terça-feira, dia 28, é elaborado pelo Instituto Trata Brasil em parceria com a consultoria GO Associados, tendo como base os números do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) ano 2013.

 

O superintendente do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Guarulhos – autarquia municipal responsável pela prestação de serviços de abastecimento de água e de coleta e tratamento dos esgotos –, engenheiro Afrânio de Paula Sobrinho, diz que essa melhora no ranking não surpreende: “Essa elevação reflete a eficácia com que os recursos estão sendo investidos em Guarulhos na área de saneamento básico nos últimos anos”.

 

No entanto, ele alerta que a escassez de água na região metropolitana de São Paulo poderá comprometer os resultados futuros. “Daqui em diante, o que preocupa é a dificuldade de investimentos devido à crise hídrica”, avalia Afrânio.

 

Avanços nos últimos 14 anos

 

Em sintonia com a Política Nacional de Saneamento Básico (Lei nº 14.445/2007), o Saae de Guarulhos acelerou investimentos e entregou nos últimos 14 anos o maior conjunto de obras de abastecimento de água e esgotamento sanitário – em dimensão e em prazos praticados, sem precedentes na história de Guarulhos. A autarquia municipal aplicou o volume recorde de recursos de cerca de R$ 721,2 milhões, garantindo água potável para 98,32% da população do município (SNIS 2013), elevando o índice de cobertura de coleta de esgoto a 83,99% (SNIS 2013) e tirando a cidade do zero em tratamento de esgoto (hoje há três estações de tratamento de esgoto em operação). Desta forma, promovendo o resgate da cidadania e da autoestima dos moradores e restabelecendo a credibilidade da instituição.

 

Paralelamente, as perdas de água situam-se no mesmo patamar dos demais municípios da região metropolitana de São Paulo e vêm caindo ano a ano, fruto dos esforços que têm sido promovidos por meio do Programa de Controle e Redução de Perdas. O município reduziu o índice de perdas totais de 51,06% (em 2000) para 35%, de acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) 2013, dados oficiais disponíveis para o Setor Saneamento.

Assunto:ETE São JoãoLocal:São JoãoData:07.12.2011Foto:Sidnei Barros/PMG

ETE São João- foto: Sidnei Barros/PMG

 

O Saae investiu em modernização da gestão para dar respostas rápidas e confiáveis aos consumidores, fornecedores e parceiros; criou canais de comunicação, estabelecendo o diálogo com a sociedade; incorporou a responsabilidade socioambiental, colaborando com a educação para o meio ambiente e com a geração de trabalho e renda a milhares de jovens; e adotou pela primeira vez uma política de valorização dos recursos humanos que prioriza o desenvolvimento profissional dos seus servidores para a excelência do atendimento ao público.

 

Coleta e tratamento de esgoto

 

O Saae de Guarulhos reposicionou estrategicamente o município em saneamento básico ao praticar um novo modelo de gestão a partir de 2001. Com relação à coleta de esgoto, o índice de cobertura saltou de 65%, aproximadamente, na década passada, para 83,99%, de acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) 2013; um avanço significativo. De janeiro de 2001 a dezembro de 2014 foram executados 483,93 quilômetros de redes (incluem-se aí redes coletoras, coletores-tronco, linhas de recalque e interceptores implantados pelo Programa de Tratamento de Esgoto de Guarulhos) e 58.432 ligações de esgoto. Além disso, entregou os subsistemas de tratamento São João, Bonsucesso e Várzea do Palácio – cujas Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) entraram em operação, respectivamente, em 27 de setembro de 2010, 11 de dezembro de 2011 e 30 de junho de 2014. O Saae estabeleceu em 2014 uma parceria com a iniciativa privada, na modalidade concessão administrativa, para complementação dos sistemas de tratamento de esgoto; até 2017, 80% dos esgotos serão tratados.

 

As obras do Programa de Tratamento de Esgoto de Guarulhos são executadas pelo Saae desde janeiro de 2008, com recursos próprios e do Governo Federal, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Além das ETEs, são executados redes coletoras, coletores-tronco, linhas de recalque e interceptores; até o momento, estão destinados para esse programa R$ 495.142.688,28.

 

Conforme o Plano Diretor do Sistema de Esgotamento Sanitário (PDSE) do Município de Guarulhos, a cidade é subdividida em sete subsistemas de tratamento de esgoto, compostos por obras como redes coletoras, coletores-tronco e interceptores e pelas Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs), que são obras de grande porte e visibilidade. Os sete subsistemas de tratamento são:

 

– São João (15%) – em operação, desde 27 de setembro de 2010

195 mil moradores

– Bonsucesso (20%) – em operação, desde 11 de dezembro de 2011

260 mil moradores

– Várzea do Palácio (15%) – em operação, desde 30 de junho de 2014

195 mil moradores

– Cumbica/Pimentas (20%) – obras estão em andamento para encaminhar os esgotos até a ETE São Miguel, que integra o Sistema Metropolitano

260 mil moradores

– Centro (27%) – projeto está em fase de detalhamento

350 mil moradores

– Cabuçu e Fortaleza (3%) – projeto está em fase de detalhamento

39 mil moradores

 

Abastecimento de água

 

No que se refere ao abastecimento de água, 98,32% (SNIS 2013) da população é atendida. Nos últimos 14 anos foram aplicados cerca de R$ 197 milhões, incluindo recursos próprios e do Governo Federal, para ampliar o serviço, saltando de 240 mil ligações de água no ano 2000 para cerca de 360 mil em 2014 (crescimento de 50% ou, mais precisamente, 2,9% ao ano, em média). De janeiro de 2001 a dezembro de 2014 foram executados 482,88 quilômetros de redes e adutoras e realizadas 119.831 novas ligações de água.

 

Paralelamente, o Saae atua fortemente na questão de controle e redução de perdas de água, tanto que conseguiu antecipar os investimentos e reduzir o índice de perdas totais de 51,06% (em 2000) para 35% (SNIS 2013). Esses 35% não se referem à água que não foi utilizada; esse índice considera, além dos vazamentos, ligações clandestinas, erros de medição e furtos de água. Ou seja: parte dessa água está sendo utilizada por alguém. O Saae considera as perdas de água um fato preocupante. Por isso, atua fortemente na questão de controle e redução de perdas.

 

Principais ações e intervenções realizadas durante os últimos 14 anos:

 

·Divisão do sistema em sete subsistemas ou setores piezométricos (Gopoúva, Cumbica, Pimentas, Bonsucesso, Lavras, Cocaia e Cabuçu), mais compactos e com cotas topográficas mais uniformes, de sorte a limitar as variações de pressão hidráulica nas redes e, consequentemente, diminuir a ocorrência de rompimentos e perdas físicas;

·Construção de 14 novos reservatórios: São João, Ponte Alta, Cizaneia, Continental, Bananal, Juscelino Kubitschek, Centenário, Cidade Martins, Cumbica, Bonsucesso, Fortaleza I, II e III e Cabuçu, ampliando a capacidade de reservação do município de 21 mil metros cúbicos para 76 mil metros cúbicos; o último dos reservatórios setoriais previstos no PDSA (Lavras, com capacidade para 5 mil metros cúbicos) está em fase final de obras;

·Implantação de quase 500 quilômetros de redes, com ênfase nas redes primárias (tubulações com diâmetros superiores a 150 mm), facilitando o transporte de água para as regiões mais distantes dos reservatórios e possibilitando que essas transferências ocorram à custa de menores esforços (menores pressões e uso de energia elétrica);

·Implantação de zonas de medição e controle, que representam a subdivisão dos setores piezométricos em áreas diminutas, atendidas a partir do ponto único de interligação à rede primária, dotadas de aparelhos de regulação de pressão e medição de vazão na entrada;

·Ampliação do número de ligações, que passou de aproximadamente 240 mil no ano 2000 para cerca de 360 mil em 2014 (crescimento de 50% ou, mais precisamente, 2,9% ao ano, em média);

·Substituição de mais de 333 mil hidrômetros com vida útil ultrapassada por instrumentos mais modernos, de tecnologia mais avançada e capacidade de medição condizente com o consumo médio de cada usuário.

·Implantação do Programa de Educação Ambiental “Guarulhos: Saneamento Ambiental e Qualidade de Vida” nas escolas, no qual já se envolveram, desde 2001, mais de 237 mil pessoas, entre alunos, educadores e membros da comunidade, e 228 escolas das redes pública (municipal e estadual) e particular.

 

Fonte: Prefeitura de Guarulhos