Uma equipe da Pastoral Carcerária de São Paulo (PCr-SP) visitou este mês o Centro de Detenção Provisória (CDP) II de Guarulhos e constatou que o maior problema do local é a superlotação. Participaram da visita o padre Emerson Andrade de Lima, assessor espiritual da PCr-SP, o secretário executivo Adolfo Oliosi, o advogado Francisco de Barros Crozera e o coordenador estadual Deyvid Livrini Luiz, além do coordenador diocesano da pastoral em Guarulhos, Luis Carlos Ferreira.
“O maior problema encontrado no local foi a superlotação, mas os encarcerados reclamaram também da falta de água, que acontece com frequência, e também da questão jurídica, já que muitos estão presos e não tem conhecimento da situação pessoal”, disse Deyvid Livrini Luiz. Ele ressaltou que o grupo está se programando para visitar as outras unidades prisionais da cidade no próximo mês.
O trabalho da Pastoral Carcerária nestas visitas é de evangelização, pois é ligada a igreja católica. A segunda parte do trabalho é verificar as condições carcerárias, para tentar ajudá-los com os problemas. “A superlotação das unidades prisionais é uma realidade em todo o estado, e a pastoral é contra a construção de novos presídios, pois isso não é a solução ideal. O mais importante é ter um sistema judiciário mais eficiente, já que é sabido que presídios, ainda mais na situação que estão, não recuperam ninguém”, explicou o coordenador estadual da Pastoral Carcerária.
A situação das quatro unidades prisionais de Guarulhos é realmente complicada. No CDP II, que foi visitado pela equipe da PCr, tem capacidade para 841 pessoas, mas tem uma população de 2.261. O CDP I tem capacidade para 844, mas abriga 2.462 homens.
Já a Penitenciária I “José Parada Neto” pode abrigar 838 pessoas, mas a população atual é de 2.130, enquanto a Penitenciária II “Desembargador Adriano Marrey” tem capacidade para 1.268 presos, mas uma população de 2.256. Somando as quatro unidades prisionais, a capacidade total é de 3.791 presos, mas atualmente abriga 9.109 detentos.
Fonte: Guarulhos Hoje