Proibidos de realizarem horas-extras os servidores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) estão cumprindo apenas o período de trabalho previsto em contrato. De acordo com um dos funcionários, que preferiu não se identificar, há um desfalque no efetivo do órgão o que vem ocasionando uma média de 600 horas-extras por mês. Somente nos cinco primeiros meses deste ano o Samu atendeu, através da central do Samu recebeu pelo telefone 192, 10.446 ocorrências.
“Estamos com várias viaturas baixadas por falta de efetivo o que prejudica diretamente a qualidade do serviço que prestamos, inclusive no tempo de respostas para os chamados de urgência e emergência”, afirmou o funcionário.
Em abril, o prefeito Sebastião Almeida decretou uma série de medidas de austeridade fiscal devido a grave crise financeira que o município enfrenta. Na publicação, Almeida proíbe a realização de horas-extras, com exceção às secretarias da Saúde e de Educação que deverão respeitar o limite mensal equivalente a 70% da média realizada nos últimos seis meses.
“Evidentemente existem algumas coisas que exigem que se trabalhe no sistema de hora-extra, mas a máquina pública tem que adequar o seu quadro de funcionários a realidade, com jornadas diferenciadas que possam permitir não interromper o serviço da população. Em Guarulhos sempre existiu um vício de fazer hora-extra como forma de compensar até aumento salarial e isso está errado”, destacou o prefeito.
Segundo Almeida não há previsão do retorno das horas-extras. “Queremos equacionar as contas e deixar a prefeitura com receita e despesas equilibradas. Com isso vamos cortar outras despesas que tradicionalmente a prefeitura fazia e agora não vai mais fazer”, afirmou o prefeito.
Fonte: Guarulhos Hoje