Mais um ônibus queimado em Guarulhos

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Um ônibus foi queimado de forma criminosa na noite da última quarta-feira, na altura do número 82 da rua Barra de Santo Antonio, no Pimentas. Dois jovens deram sinal para o coletivo. Quando parou no ponto, eles renderam o motorista, e dezenas de pessoas vieram de uma rua ao lado, dando início ao ato de vandalismo.

“Mais ou menos 30 jovens participaram da ação. Eles chegaram quebrando os vidros, depredando o veículo. Alguns entraram com gasolina, despejaram combustível no interior e atearam fogo. Em menos de 30 segundos, o ônibus já estava completamente queimado”, contou um comerciante da região, que preferiu não se identificar por medo de represálias.

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Antes de atear fogo, os criminosos pediram que o motorista, cobrador e os passageiros descessem, pois não queriam machucar ninguém.

De acordo com relatos de quem presenciou a cena, após o ônibus estar queimando, alguns vândalos sacaram armas de fogo e fizeram ameaças de que esse era apenas o começo do caos.

Ninguém ficou ferido durante o incêndio, e até o momento nenhum suspeito de participar do ato foi preso. A polícia acredita que o ato foi um protesto pela morte de Diego Souza Cardoso, de 18 anos, que trocou tiros com a PM e foi baleado após ser flagrado roubando um carro. O caso foi registrado no 4º Distrito Policial de Guarulhos.

 

Toque de recolher

 

À medida que a violência na cidade vai aumentando, os boatos de toque de recolher começam a surgir. De acordo com Maurício Brinquinho, presidente do Sindicato dos Condutores de Guarulhos (Sincoverg), na noite de quarta-feira, antes mesmo do ônibus ter sido queimado, muitas empresas estavam recolhendo seus veículos com medo da violência.

Depois do incêndio, a situação se agravou. Comerciantes da região dos Pimentas afirmaram ao jornal Guarulhos Hoje que ouviram o boato a respeito de um toque de recolher, mas que nada oficial havia chegado a eles. A PM nega a informação.

 

No último dia 25, quatro pessoas foram detidas pela Polícia Civil, quando ordenavam que comerciantes no limite da cidade com a capital, fechassem as suas portas.

 

Fonte: Guarulhos Hoje