O fogo olímpico uniu gerações de esportistas que participaram da condução da Tocha Olímpica na manhã deste sábado em Guarulhos e também atraiu muitos espectadores que se espalharam pelo percurso de 10,4 quilômetros por onde o símbolo máximo dos Jogos passou pela cidade.
O percurso da chama pelo município começou pelas mãos da professora de educação física Sandra Osti, que atua com dança de salão e ginástica no Centro de Referência do Idoso do Gopoúva. “Foi uma emoção incrível e, para mim, foi a coroação de minha profissão”, afirma a profissional, que recebeu a tocha com o fogo olímpico em frente ao Paço Municipal.
No Bosque Maia, onde ocorriam apresentações de diversas modalidades esportivas, a tocha foi conduzida pelas mãos de Dorivaldo Gomes, o Cocada. Com 71 anos, ele foi o condutor com mais idade entre as 52 pessoas que tiveram a oportunidade de levar a chama olímpica pelo município. “Com 71 anos, mas muita energia, ainda insistindo, querendo aprender”, destaca o atleta, que participa de maratonas e também pratica capoeira.
Energia e calor humano
Segundo Cocada, a emoção tomou conta ao passar pelas pessoas que assistiam ao evento no Bosque Maia até chegar ao palco montado no local. “Era muita gente, muita energia. Quando tocou o hino nacional e o de Guarulhos, isso me tocou muito. Quando terminou, aí a ficha caiu”, afirma, ao revelar que foi inevitável rolarem algumas lágrimas.
Das mãos de Dorivaldo, a Tocha Olímpica passou às mãos da atleta Ana Cláudia Emperador, seis vezes consecutivas campeã da tradicional Corrida do Batom de Guarulhos e competidora em provas de rua da cidade e pelo País. Segundo ela, a emoção foi bem maior do que imaginava. “Não dá nem para descrever o que é você conduzir essa chama que representa a união entre os povos, que é o símbolo maior das Olimpíadas”, relata.
Para a atleta, a condução da tocha foi ainda mais representativa pelo fato de seu trecho ter sido dentro do Bosque Maia. “Quando recebi a notícia que iria conduzir a tocha próximo à Paulo Faccini eu não fazia ideia que era dentro do Bosque Maia. Quando confirmaram, fiquei extremamente feliz, porque o Bosque Maia é mais que minha casa”, explica Ana Cláudia, que treina todos os dias no local.
Presente de aniversário
Com 15 anos completados no dia 12 de julho, conduzir a Tocha Olímpica tornou-se quase um presente de aniversário para Felipe Oliveira Correia, o mais jovem no grupo que participou da passagem do símbolo olímpico por Guarulhos. “Fiquei muito alegre, quase paralisei com a tocha na mão”, diz. O jovem foi escolhido por um dos patrocinadores dos Jogos e não poupou esforços para ser um dos escolhidos. “Mandei vídeo, foto, texto”, ressalta.
Apaixonado pelos Jogos Olímpicos, Felipe diz que acompanha as competições desde 2004, quando tinha apenas 3 anos de vida. Segundo ele, apesar da pouca idade, lembra de muito do que viu à época, quando os Jogos foram disputados em Atenas, na Grécia, berço das Olimpíadas.