Por conta da realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos no Brasil em 2016, a Campanha Nacional de Multivacinação foi transferida para este mês e começará já a partir desta segunda-feira (19) em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) da cidade. O objetivo é atualizar as carteirinhas com doses em atraso e, neste ano, além das crianças menores de cinco anos, também serão alvo desta estratégia as crianças de nove anos, bem como os adolescentes de 10 até 14 anos 11 meses e 29 dias.
A Campanha se estende até o próximo dia 30, sendo que no sábado (24) acontece a Mobilização Nacional, data em que todas as Unidades Básicas de Saúde da cidade irão funcionar das 8 às 17 horas, para atualizar as carteirinhas. Segundo boletim da Vigilância Epidemiológica Estadual, esse grupo tem maior resistência para se vacinar e muitos pais acreditam que não há necessidade para imunizar seus filhos nesta faixa etária.
No entanto, com a evolução do Calendário Nacional de Vacinação nos últimos anos, muitas vacinas necessitam ter doses de reforço nesta faixa etária ou passaram a ser incluídas no esquema vacinal, como é o caso da vacina HPV para as meninas. Vale destacar que as recomendações do Programa de Imunização são elaboradas a partir de estudos que demonstram como uma vacina pode proporcionar o máximo de eficácia e proteção contra as doenças.
Neste sentido, para cada vacina é estabelecido o número de doses a ser administrada, a idade mínima e máxima para receber cada uma delas, os intervalos ideais entre as doses e as faixas etárias alvo da vacinação. Ainda são levadas em conta as questões logísticas e operacionais para a realização da vacinação nos programas nacionais de imunizações de cada país.
Portanto, doses administradas em intervalos inadequados ou com número de doses insuficientes podem prejudicar o objetivo do programa de vacinação, uma vez que a proteção coletiva passa a não ser alcançada. Com isso, as doenças que foram eliminadas ou erradicadas podem voltar a acometer a população.
Sendo assim, a Campanha Nacional visa a resgatar a população não vacinada ou com esquemas de vacinação incompletos, tanto na infância como na adolescência, visando a melhorar as coberturas vacinais e, dessa forma, manter controladas, eliminadas ou erradicadas as doenças imunopreveníveis no Brasil.
“Para tanto, é fundamental que as pessoas compareçam aos postos e levem a carteirinha de vacinação, para que os profissionais de saúde possam avaliar se há alguma vacina que ainda não foi administrada ou se há doses que necessitam ser aplicadas, para completar o esquema vacinal preconizado pelo Programa Nacional de Imunização”, destacou a enfermeira responsável pela Vigilância Epidemiológica Municipal, Ermelinda Tomé.