Cerca de 200 técnicos e profissionais de saúde do município, representantes da Proteção Animal e das cidades de São Paulo, Jundiaí, Itaquaquecetuba, Arujá, Mogi das Cruzes e Suzano, bem como das instituições de ensino UnG e FMU, estiveram reunidos em Guarulhos nessa semana, para participar do 4º Encontro de Acumulação Compulsiva, realizado no Adamastor Centro. O objetivo foi debater novas formas de olhar e cuidar da pessoa com o hábito de acumular compulsivamente objetos e animais.
“Acumula Dores: ampliando olhares e cuidados” foi o tema desta quarta edição, que se propôs a trazer à tona novos olhares sobre a pessoa em situação de acumulação, problema que decorre, principalmente, como manifestação do transtorno obsessivo compulsivo, conhecido como TOC. Para tanto, foram organizadas rodas de conversa com técnicos para discutir as frustrações, os acertos e as parcerias necessárias para o acompanhamento adequado desses casos.
Dentro dessa proposta, o Encontro debateu a importância de estudar e reorientar sobre a singularidade do sujeito acumulador, seus valores, virtudes, potencialidades e sentido da acumulação, a fim de possibilitar novos caminhos para sua reestruturação e percepção quanto aos agravos à sua saúde, ao meio ambiente e aos animais. Além disso, discutiu a recuperação do núcleo familiar e social, geralmente fragilizados, bem como do próprio sentido de vida da pessoa nessa situação de acumulação.
O 4º Encontro de Acumulação Compulsiva foi promovido pelo Grupo Condutor da Rede Intersetorial de Atenção à Pessoa com Acumulação (Riapac), que é composta por integrantes das Secretarias Municipais de Saúde e Serviços Públicos. Criada através da Portaria Municipal nº 76 de 19 de agosto deste ano, a Rede Intersetorial é um dos importantes avanços obtidos desde 2012, quando o município começou a nortear o fluxo de atendimento às pessoas com transtorno de acumulação compulsiva.
Hoje, os profissionais envolvidos acompanham cerca de 50 casos que já foram identificados no município, com os mais variados perfis e formas de acumulação. A pessoa que quiser apresentar algum caso de acumulação compulsiva pode se dirigir à Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua residência e comunicar o endereço correto do acumulador. A partir deste momento, as equipes serão acionadas e os procedimentos desencadeados.