Aline da Silva Ferreira, aluna do quinto semestre do curso de Educação Física da Universidade UNG, ganhou o Campeonato Brasileiro de Muay Thai da União das Artes Marciais Combat, que ocorreu no dia 23, na cidade de Cajamar, no estado de São Paulo. A atleta, em sua primeira competição profissional, conseguiu conquistar a vitória que garantirá a participação no Mundial.
Após enfrentar a vencedora mundial Cristiane Maria, na última disputa do Campeonato Brasileiro, Ferreira provou que as seis horas de treino diário foram fundamentais para voltar de Cajamar com o prêmio na mão e o sorriso no rosto. “A experiência foi a melhor possível. Pois enfrentei uma lutadora que foi campeã mundial, na Tailândia. Então, este cinturão tem o gostinho da Tailândia para mim”, comenta ela ao explicar que o Muay Thai é a arte marcial original do país, onde crianças de três anos já praticam o esporte.
A modalidade é dividida em três tempos com duração de três minutos. No primeiro round, a disputa resultou em empate. O técnico Cleiton Teixeira, conhecido como Mestre Tom, explica que o momento serviu para estudar as técnicas da adversária, observando suas movimentações. Já no segundo tempo, ela trabalhou o ataque e conseguiu se sobressair no combate. Para Tom, o grande segredo do último round foi a pressão psicológica que a atleta fez à opositora, ao demonstrar confiança em deixá-la se aproximar, baixando a guarda. “Foi uma surpresa para a Aline esse título, porque ela sabia que a menina foi campeã mundial. Então, o favoritismo era todo da adversária, todo mundo gritava o nome dela. Depois, quando começaram a chamar o nome da Aline, ela cresceu”, diz o técnico.
Desde que se apaixonou pelo esporte, aos 19 anos, Aline sonhava em participar do Campeonato Nacional. O resultado é fruto de muito esforço e dedicação. Durante o ano de preparo, ela abdicou de alguns prazeres para alcançar seu objetivo, deixou de comer frituras e carboidrato e passou a ter uma alimentação regrada, chegou a perder dez quilos em duas semanas. Seu treinamento era muito intenso, com corrida, natação, corda, musculação e outros exercícios diários. “Quando eu cheguei ao ringue, falei: esse prêmio vai ser meu, porque sei o quanto treinei. Teve dias que chorei, foi difícil. Mas valeu a pena”, relembra.
A escolha pela graduação foi motivada pelo amor ao esporte. Segundo a aluna, seu estudo proporcionou vantagens no treino, pois os conhecimentos adquiridos na universidade são praticados em casa e na academia, como os saltos de atletismo que a preparam para golpes de joelhada. Ferreira escolheu a Universidade UNG devido à qualidade do ensino e a valorização ao esporte. “A UNG tem bastante atletas que levam o nome de Guarulhos. Ela tem excelentes profissionais, amo os professores daqui e estou adquirindo bastante conhecimento. Inclusive, neste semestre estou estudando a disciplina de lutas, vendo outras artes marciais e tendo outra visão”, comenta.
Segundo Lucila Silva, coordenadora do Departamento de Esportes, este é o objetivo da universidade. “O incentivo ao esporte é intencionado para ter oportunidades educativas e profissionais. Resultados como este são essenciais para mostrarmos o trabalho de seriedade que estamos desenvolvendo”, finaliza.