O grupo de 28 venezuelanos oriundos de Boa Vista (RR) e acolhidos em Guarulhos, nesta terça-feira (28), em casa de passagem preparada pela Junta Missões Nacionais (JMN), foi atendido na tarde desta quarta-feira (29) por profissionais das Secretarias da Saúde, da Assistência Social e de Assuntos Difusos, por meio da Subsecretaria de Igualdade Racial. Os refugiados foram entrevistados por uma psicóloga, aferiram a pressão e apresentaram a carteira de vacinação para conferência dos profissionais de saúde da Prefeitura de Guarulhos.
Recepcionados pelo pastor Fernando Brandão, diretor-executivo da JMN, sociedade civil de caráter religioso sem fins lucrativos, pelo pastor Élbio Marquez, coordenador da casa em Guarulhos, e por representantes da ACNUR – Agência da ONU para Refugiados, e do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), os refugiados relataram a alegria pela oportunidade de recomeçar a vida no Brasil, como um casal com duas crianças (uma menina de 4 anos e um garoto de 2 anos) e a mulher grávida de 30 semanas que estão há 2,5 anos no Brasil. Todos os refugiados ficarão temporariamente nesta casa até que ‘Igrejas Acolhedoras’ os recebam.
A JMN não tem repasse de verba do Governo Federal, que se responsabiliza apenas pelo transporte e documentação. “A participação da Prefeitura é muito importante. Temos que trabalhar juntos, pois somos acolhedores. Esse projeto é transitório, por um período de até 90 dias, acreditamos na parceria das igrejas para realocar os venezuelanos. Cerca de 20 igrejas já se cadastraram no projeto”, disse Brandão.
Para o secretário de Assuntos Difusos, Lameh Smeilli, esse acolhimento dos venezuelanos é uma questão humanitária e a Prefeitura de Guarulhos não poderia ficar à parte. “O subsecretário da Igualdade Racial, Anderson Guimarães, acompanha pessoalmente a acolhida dos refugiados pela ONG para dar o suporte necessário que compete à Pasta, como a interlocução com as esferas de governo e as instituições que garantam a melhor inclusão”, afirmou.