Após o atentado com faca ao candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) em Juiz de Fora (MG), o volume de referências a ele chegou a 808,4 mil, entre as 16h e as 18h desta quinta-feira (06). Das 14h às 16h, o candidato tinha sido citado cerca de 34 mil vezes na rede. Entre as hashtags mais utilizadas nas postagens, destacam-se #bolsonaropresidente17 (0,6%), #bolsonaro (0,5%), #urgente (0,5%), #eleições2018 (0,4%) e #forçabolsonaro (0,3%).
Pouco depois de a imprensa divulgar as primeiras notícias sobre o ataque, por volta das 16h30, o termo “facada” figurava nos Trending Topics do Brasil, de acordo com dados fornecidos pela API do Twitter e, portanto, sem um filtro de personalização como é exibido para usuários da plataforma. Às 18h, entre os dez termos mais mencionados no Brasil, quatro faziam referência ao episódio: violência (216 mil menções), arma (123 mil), Juiz de Fora (88 mil) e facada (83 mil).
Até as 18h, o tópico Jair Bolsonaro esteve presente nos TTs de 12 países(Argentina, Chile, Vietnã, Porto Rico, México, Estados Unidos, Venezuela, Bahrein, Colômbia, Bielorússia, Reino Unido e Espanha), com uma média de 90 mil tuítes em cada localidade. Argentina e Chile foram os primeiros países a terem entre os assuntos mais mencionados a referência ao nome do candidato.
Entre as publicações mais retuitadas, encontram-se, inicialmente, as que compartilham as reportagens sobre o ataque. Outras narrativas, no entanto, vão se construindo. Entre os apoiadores do candidato, predominam mensagens que lamentam o fato e pedem orações pela recuperação de Bolsonaro, além daquelas que culpam a esquerda pelo atentado, que estaria relacionado à liderança do candidato nas pesquisas.
Por outro lado, entre os perfis contrários a ele, têm maior repercussão os tuítes que reconhecem a gravidade do atentado (apesar da discordância “ideológica”) e aqueles que apontam, em tom crítico, que a consequência do ato pode ser o fortalecimento da campanha de Bolsonaro. Vale destacar, ainda, postagens que relacionam o acontecimento à postura do presidenciável quanto ao desarmamento.
Outros atos de violência relacionados à política foram, ainda, citados pelos usuários do Twitter, nesse contexto. Um ataque a tiros envolvendo acampamento pró-Lula em março é mencionado em postagens que criticam a posição de Bolsonaro sobre o assunto na época. Já o assassinato da vereadora Marielle Franco é retomado como um exemplo de como a adesão e/ou propagação de um discurso de ódio — atitude relacionada por esses perfis a Bolsonaro e seus seguidores — estaria ligada a casos de violência como o sofrido por ele.