Conhecida por seu humor irreverente e um olhar ímpar para o cotidiano, a colunista e roteirista do jornal Folha de S.Paulo, a paulistana Tati Bernadi promoveu um bate-papo descontraído sobre sua mais recente obra “Homem-Objeto e Outras Coisas sobre ser Mulher”, neste domingo (2), na Bienal do Livro de Guarulhos “Páginas que Conectam”.
Durante o encontro, Tati falou sobre sua obra, uma coletânea de crônicas publicadas pela Folha, que reúne os melhores textos de sua carreira e que trata da experiência de ser mulher no mundo contemporâneo. “Descobri que queria seguir a literatura quando comecei a ler as obras de Machado de Assis, que mexeram muito comigo quando eu era mais nova. Publiquei meu primeiro livro aos 25 anos, e foi a partir dele que muitas portas se abriram”. A roteirista contou ainda que além de Machado de Assis, suas principais inspirações são Clarice Lispector e John Fuchs.
Ao longo de mais de 250 páginas, Tati afirma que o público vai encontrar uma coletânea com 83 crônicas que desafiam o lugar comum da mulher numa prosa inteligente e frenética. O destaque maior fica para o divertidíssimo “Meu marido joga videogame”, texto inédito de abertura do livro que evoca a maestria da autora em falar com originalidade de temas comuns.
Tati falou ainda como é ser cronista de um jornal de grande circulação na Capital. “É um trabalho maravilhoso, mas ao mesmo tempo muito difícil, porque eu exponho muito as minhas opiniões. Mas não deixa de ser um trabalho grandioso, pois eu falo com muita gente, e ter um espaço como esse para o escritor é incrível”, destacou.
Um diferencial na Bienal é que toda a palestra é inclusiva, traduzida em Libras (Língua Brasileira de Sinais), pelas intérpretes Regina Fernandes e Danny Lima.