Contudo, esse não seria o único investimento de dinheiro público que estaria sendo mal administrado pela Prefeitura de Guarulhos já que os R$ 97 milhões destinados para a construção da ETE São João, não estão beneficiando os 195 mil habitantes como prometido na época da inauguração da obra, em 2011.
Segundo denúncias recebidas pelo vereador Guti, a estação não está tratando o esgoto da região como deveria.
“Estive na ETE no ano passado fiscalizando e constatei que ela não está funcionando. A estação simplesmente pega água do rio Baquirivu, trata e devolve novamente para o rio para as máquinas não ficarem paradas. Segundo um dos funcionários me informou, não existe a ligação das casas dos moradores com a estação”, afirmou Guti.
Para ele, a prefeitura continua investindo dinheiro público em uma obra que não funciona corretamente e isso não mudará com a gestão da empresa. “Estão gastando dinheiro e energia para não fazer nada”, destacou.
Além da operação da infraestrutura existente nas ETEs São João, Bonsucesso e Várzea do Palácio, competirá a empresa OAS a construção de mais três estações: Cabuçu, Fortaleza e Centro. Segundo a empresa, em 22 anos a cidade deverá atingir até 95% de tratamento.
Além disso, o contrato prevê ainda a possibilidade de investimentos em centrais de tratamento de água visando a produção de água de reúso para abastecer as indústrias da cidade de Guarulhos – o que inclusive já acontece na ETE Várzea do Palácio.
Entenda a Lava Jato
A Operação Lava Jato começou apurando um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões. A investigação resultou na descoberta de um grande esquema de desvio de recursos da Petrobras, segundo a Polícia Federal e o Ministério Público Federal.
Desde então, a situação da OAS vem piorando a cada dia. Uma das empresas acusadas de subornar diretores da Petrobras para conseguir contratos, a empreiteira passou a receber com atraso não apenas da estatal, mas de outros órgãos do governo.
Na semana passada, a Petrobras anunciou que não vai permitir a participação das 23 empresas investigadas na Lava Jato em novos projetos. O grupo, que surgiu na Bahia, tem a terceira maior construtora do país.
Fonte: Guarulhos Hoje