A Prefeitura de Guarulhos deu inicio nesta quarta-feira (10) ao processo de lacração do imóvel localizado na avenida Paulo Faccini, nº 1100/1112, ao lado do Bosque Maia. O local estava invadido, acumulando muita sujeira e gerando muitas reclamações por parte da população. A ação está mobilizando as secretarias de Desenvolvimento Urbano (SDU), Obras, Desenvolvimento e Assistência Social (SDAS) e Serviços Públicos, além da Guarda Civil Municipal (GCM) e Proguaru. A previsão é que até sexta-feira (12) a operação esteja concluída.
Durante toda esta quarta-feira os trabalhos se concentraram na limpeza do local. Até o período da tarde, equipes da Proguaru já haviam retirado mais de dez caminhões de lixo e entulhos. Antes disso, foi feita a remoção das pessoas que haviam invadido as instalações do imóvel onde ficava uma unidade comercial.
De acordo com o secretário Jorge Taiar (SDU), o prédio estava interditado desde o último dia 8 de fevereiro, por apresentar riscos à estabilidade, à segurança e à salubridade do local. “O proprietário recebeu notificação preliminar para realizar a limpeza e conservação do imóvel e a GCM havia removido as pessoas que estavam usando o local como moradia. Mas o proprietário não atendeu a solicitação e novas ocupações irregulares voltaram a ocorrer no local, o que acarretou em nossa decisão de lacrar o prédio”, afirmou. Ainda segundo Taiar, o proprietário será notificado mais uma vez e vai arcar com todos os custos dessa operação.
Ações
Logo pela manhã, 12 pessoas foram retiradas do local pela GCM. Segundo o inspetor do Centro de Gestão de Patrulhamento Especializado (CGPE), José Aparecido Vitor, entre elas, haviam dois menores de idade e uma grávida. “A maioria deles tem diversas passagens por furto e tráfico de entorpecentes. Contudo, nada de ilícito foi encontrado com eles, apenas equipamentos para utilizar drogas”, informou. Já o Departamento de Assistência Social da SDAS realizou o acolhimento dos moradores. Segundo Fábio Cavalcante, diretor responsável pela ação, apenas cinco pessoas aceitaram ser encaminhadas para o Centro de Referência Especializado para Pessoas em Situação de Rua (Centro POP) para receber o atendimento e encaminhamentos necessários.
Comerciante da região, Adenilson Benedito disse que acompanhou desde o começo a invasão no local e inclusive realizou uma denúncia formal em uma das unidades da Rede Fácil. “A situação estava atrapalhando o comércio da região. As pessoas têm medo de passar por aqui porque eles coagem, ficam pedindo dinheiro, fora o cheiro e a sujeira que estavam dentro do prédio. Eu tenho que fechar as portas cedo, porque a noite fica muito perigoso. Agora com as ações da Prefeitura nós temos uma esperança de melhora, né?”, avaliou.
Uma equipe do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) também esteve no local no dia 1º deste mês, quando realizou vistoria externa e observou que havia acúmulo de água e de materiais inservíveis, orientando quanto às medidas preventivas. Nesta quinta-feira (11), o CCZ enviará novamente equipe ao local para realizar a desratização dos bueiros e tocas de todo o entorno do prédio.