Prefeitura de Guarulhos alerta para risco do sarampo e recomenda vacinação

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Diante da confirmação do primeiro caso autóctone de sarampo na cidade de São Paulo, na semana passada, a Secretaria de Saúde de Guarulhos faz um apelo para que a população procure uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e coloque em dia a dose da vacina Tríplice Viral (SCR – Sarampo, Caxumba e Rubéola). Segundo a pasta, a vacinação funciona como bloqueio para a transmissão da doença, que é altamente contagiosa, evitando assim que ela seja reintroduzida e disseminada no município.

 

Desde 2015, não era confirmado caso de sarampo contraído na capital paulista. Em Guarulhos, os últimos registros foram em 2001, de três casos importados. O retorno da doença ao Brasil ocorreu no ano passado, pelos estados da região Norte, que receberam um grande número de refugiados da Venezuela, país que já enfrentava um surto da doença na época.

 

Bloqueio da transmissão

 

A vacinação adequada de toda a população é o único meio de evitar a transmissão da doença.  Pelo Programa Nacional de Imunizações são disponibilizadas duas vacinas que protegem contra o sarampo: Tríplice Viral (SCR) e Tetra Viral/ SCR (contra o sarampo, a caxumba, a rubéola e a varicela), mas as coberturas vacinais vêm se mantendo baixas no país. Sendo assim, diante da circulação do vírus e com a população suscetível, as condições se tornam propícias para o início de um surto de sarampo.

 

O esquema vacinal previsto é de uma dose da Tríplice Viral aos 12 meses de idade e uma dose da Tetra Viral aos 15 meses. Crianças maiores de sete anos e indivíduos até 29 anos devem ter duas doses de SCR. Adultos acima de 30 anos e os nascidos a partir de 1960 devem ter pelo menos uma dose da SCR. Já as pessoas que apresentam documentação com esquema de vacinação incompleto ou sem comprovação da imunização, independente de história pregressa da doença, devem procurar uma UBS para colocar em dia a vacina.

 

Sarampo

 

O sarampo é uma doença viral aguda, altamente contagiosa, que apresenta febre, tosse, coriza, conjuntivite e manchas vermelhas no corpo (exantema). A transmissão do vírus do sarampo é direta, de pessoa a pessoa, por meio das secreções expelidas pelo doente através da fala, tosse ou espirro. O período de incubação da doença é de uma a duas semanas, sendo que a transmissão inicia-se aproximadamente cinco dias antes do exantema e dura até cerca de cinco dias após seu aparecimento.

 

Segundo o Centro de Vigilância Epidemiológica de São Paulo (CVE), nos primeiros três meses de 2019, o número global de casos de sarampo aumentou 300% em relação ao mesmo período de 2018, atingindo todas as regiões do mundo. De acordo com o CVE, atualmente, alguns países do continente africano, da Europa oriental e a oeste do Pacífico enfrentam surto da doença.

 

Em 2018, o Brasil reportou a circulação do vírus do sarampo (genótipo D8) em 11 estados da federação, circulação viral que ainda se mantém ativa no país.  Somente neste ano, de janeiro até este mês, o estado de São registrou 27 casos confirmados de sarampo.