Ligações clandestinas de água, os famosos “gatos”, geraram uma receita de R$ 1,2 milhão para o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) com a aplicação de multas em 2014.
O valor é menor do que os R$ 1,3 milhão arrecadados em 2013, com 776 casos ante os 799 do ano passado.
Novamente, as residências são responsáveis por praticamente 95% das irregularidades, com 763 ocorrências contra 34 de comerciantes e duas do setor industrial.
Foram detectadas em média duas ligações clandestinas por dia na cidade.
Fiscalização – Multas servem para punir “gatos” feitos pela população (Foto: Divulgação)
O número ainda é inferior ao retratado pela Sabesp, que possui uma maior cobertura demográfica e atingiu a marca de 15,6 mil ocorrências.
No mês de janeiro deste ano foram registrados e coibidos 47 desvios de água na cidade, seis a mais do que no ano anterior e 44 a menos do que em 2013.
O valor das punições financeiras para o atual período ainda não foi fechado.
Presidente do Instituto Trata Brasil, Edison Carlos ressaltou o crime da alternativa ilegal de se obter água e disse que é preciso separar os casos em duas situações.
“Em áreas irregulares a comunidade não tem água de rede oficial e se vira como pode. Muitas vezes acaba até furando poço, porque geralmente ela procura o lugar onde sai água e acaba fazendo a ligação”, explicou.
Carlos alertou que nessas áreas as autarquias possuem pouco poder de ação.
Em áreas regulares é necessário mostrar com campanhas de esclarecimento o impacto dos “gatos” e que ao fazer algo desse tipo você prejudica toda a população.
“É um assunto complexo, tem ‘gato’ até em área rica da cidade, tem muita gente que tem condição de pagar pelo recurso e ainda assim opta pela ilegalidade”, afirmou o presidente do instituto.
Em dois anos já são 1.575 crimes desta modalidade.
Fonte: Folha Metropolitana