Guarulhos quer criar barreira contra o coronavírus com vacinação de toda a população

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Principal porta de entrada do Brasil por conta do Aeroporto Internacional de São Paulo, por onde passam atualmente mais de 60% dos passageiros vindos de outros países, Guarulhos quer criar um cinturão de imunização contra o coronavírus com a vacinação de 100% dos moradores acima de 18 anos. A reivindicação foi feita na manhã desta quarta-feira (26) pelo prefeito da cidade, Guti, durante videoconferência com Ministério da Saúde, Anvisa, Prefeitura de São Paulo, Ministério Público Federal e GRU Airport, entre outros representantes de entes que debatem formas de inibir a entrada de novas cepas do coronavírus no país, como a indiana.

 

Guti solicitou ao Ministério da Saúde o envio de um milhão de doses de vacinas contra a covid-19 para a aplicação da primeira dose em toda a população que ainda não recebeu o imunizante. Ele acredita que serão necessários de 30 a 40 dias para realizar a vacinação de todo o contingente adulto. “Temos hoje cerca de 200 mil guarulhenses que já receberam a primeira dose e outros 110 mil com a segunda. Se tivermos as vacinas, vamos conseguir criar um grande cinturão de imunização em torno do aeroporto, o que pode frear a disseminação do vírus em outros municípios da região metropolitana”.

Segundo o prefeito, o guarulhense está muito mais vulnerável, já que passageiros que chegam contaminados de outros países têm contato direto com moradores da cidade que trabalham no sítio aeroportuário, pegam transportes coletivos, como ônibus e táxis, e podem transmitir rapidamente o coronavírus a seus familiares e vizinhos. No início de 2020, quando ainda não havia vacinas e a pandemia estava no início, Guarulhos já solicitava ao governo federal barreiras sanitárias mais efetivas no aeroporto.

Neste sentido, Guti fez uma segunda reivindicação às autoridades. Ele solicitou que se feche o espaço aéreo internacional para voos de passageiros, impedindo assim a entrada – por um período determinado – de viajantes provenientes de outros países, já que não se consegue estabelecer outra barreira sanitária efetiva de forma imediata. “Seria o tempo para garantirmos uma maior imunização de nossa população e dos possíveis contactantes de quem chega ao Brasil por Guarulhos. Depois disso, poderíamos reabrir nosso aeroporto”, afirmou.