População do Parque Residencial Bambi passa a ter 100% do esgoto tratado

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O esgoto produzido em todas as residências do Parque Residencial Bambi começou em março a ser enviado para a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Bonsucesso, que irá retirar as impurezas de cerca de 1,1 milhão de litros de dejetos por dia. A melhoria se deve ao início da operação do coletor-tronco que liga o bairro à estação.

 

 

A obra, de cerca de 4 quilômetros de extensão, foi concluída em fevereiro, enquanto que as interligações com as residências foram finalizadas em março. São 2,2 mil casas que passarão a ter seu esgoto tratado, o que representa uma população estimada em 8 mil pessoas, beneficiando o bairro inteiro e mitigando impactos ambientais em toda a região com o fim do despejo em córregos.

 

O tratamento de esgoto de todo o Parque Residencial Bambi já é aprovado pelos guarulhenses. A dona de casa Lucia Aparecida da Silva Guimarães, moradora do bairro há 18 anos, revela o benefício mais visível da obra. “Convivíamos com o mau cheiro o tempo todo por aqui. Há algum tempo transbordou a fossa do vizinho e escoou até a frente da minha casa. Dava até vergonha de receber visitas, mas isso felizmente acabou”.

 

O Bambi, localizado ao norte do bairro de Bonsucesso, nunca teve tratamento de esgoto. Apesar de contar com estrutura de coleta na maioria das ruas, as redes não dispunham de saída para a ETE, o que ocasionava despejo nos cursos d’água e frequentes vazamentos de esgoto pelo bairro. As residências que antigamente eram atendidas por fossas também passarão a usar o novo equipamento, minimizando o impacto do esgoto sobre o solo e resolvendo o antigo problema de transbordamento que era parte da rotina da população.

 

A obra foi possível graças ao contrato de concessão dos serviços de abastecimento de água e de saneamento à Sabesp, assinado pela Prefeitura em 2019. A companhia paulista, que já eliminou em menos de um ano o rodízio de água na cidade, investe pesado no saneamento de Guarulhos.

 

Investimentos

 

Haverá, somente neste ano, R$ 70 milhões investidos pela Sabesp em coletores-tronco por toda a cidade, que são as estruturas que levam o esgoto até as ETEs já em operação: Várzea do Palácio, Bonsucesso, Jardim São João, Parque Novo Mundo e São Miguel, essas duas últimas na Capital, mas que também atendem Guarulhos. O coletor da avenida Natália Zarif, por exemplo, atenderá uma população estimada em 37,7 mil pessoas e apenas ele será responsável por encaminhar para tratamento 2,46% do esgoto de Guarulhos.

 

Já o coletor Zapara, na Vila Galvão, que levará o esgoto à ETE Parque Novo Mundo, atenderá 43,1 mil pessoas e responderá pelo tratamento de 2,81% de todos os dejetos produzidos na cidade, com um investimento de R$ 15 milhões. Há ainda coletores no Lavras e no Jardim Jade que, somados, atenderão 20 mil pessoas e irão tratar 1,78% do esgoto de Guarulhos. Outros seis coletores-tronco, que responderão pelo tratamento de 14,93% do esgoto da cidade, o que representa 230 mil pessoas atendidas, também estão incluídos no cronograma de obras de 2023.

 

Por mês a Sabesp faz uma média de 7,5 km de obras para o tratamento de esgoto na cidade. Essas intervenções beneficiam diretamente a população dos bairros atendidos e indiretamente todos os munícipes de Guarulhos e de outras cidades, já que o esgoto tratado deixa de ser despejado no rio Tietê.