O prefeito de Guarulhos, Sebastião Almeida (PT), decretou três áreas de utilidade pública para ampliar a vida útil do aterro sanitário da Quitaúna, no Cabuçu. Com isso, o lixão, que estava próximo do colapso, poderá ser utilizado, pelo menos, até 2020.
Com investimentos tímidos em coleta seletiva e apenas 1,5% do lixo reciclado, a Prefeitura resolveu ampliar a capacidade do aterro. Para o presidente do Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana (Selur), Ariovaldo Caodaglio, a medida não é ideal. “Só deve ir para o aterro o que já foi reciclado, reaproveitado e não tem mais destinação. Isso não acontece em Guarulhos e em nenhum lugar”, disse.
Saída – Com pouca reciclagem e coleta seletiva, Prefeitura estudava utilização do lixão do Cabuçu até 2024 (Foto: Divulgação / Quitaúna)
Os decretos de aquisição dos terrenos, com a metragem de 541 quilômetros quadrados foram publicados no Diário Oficial do município de sexta-feira, 20. De acordo com o Plano Municipal de Resíduos Sólidos, elaborado em 2013, o lixão mantido pela Quitaúna poderia receber rejeitos até o início de 2018.
Nos últimos seis anos, a administração municipal tem estudados alternativas para ampliar a vida útil do aterro. Sem locais próximos na região metropolitana de São Paulo, havia temor que se precisasse levar o lixo de Guarulhos para outras cidades. Isso geraria um custo maior pelo serviço. Procurada, a Prefeitura não esclareceu qual é o novo prazo para o colapso do lixão e quais foram os indicadores de reciclagem do município no ano passado.
A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) não informou se autorizou a administração municipal a ampliar o lixão.
Soltur quer ampliar reciclagem
O vereador Eduardo Soltur (PSD), que assume o comando da Secretaria Municipal de Serviços Públicos na próxima quarta-feira, 25, afirmou que quer ampliar a reciclagem, coleta seletiva e mutirões de limpeza na cidade. Ele disse que ainda vai conhecer os trabalhos da Pasta, mas admite que faltam informações sobre o que é realizado. “Nunca fui do Poder Executivo. Vou ver o que está funcionando e mudar o necessário”, disse.
Fonte: Folha Metropolitana