Interativo, didático e extremamente inspirador, o velejador Amyr Klink conversou com o público da Bienal do Livro de Guarulhos “Páginas que Conectam”, na noite desta sexta-feira (7), ocasião em que compartilhou experiências incríveis sobre a capacidade humana de realizar sonhos. Durante a palestra, Klink apresentou seu livro “Não há tempo a perder”, em que relata os desafios e conquistas das quais ele tirou inúmeros aprendizados.
Velejar e atuar sob condições adversas foram algumas das dificuldades que Klink enfrentou, importante para que ele pudesse desenvolver valiosas habilidades, tais como contar belas histórias.
“Eu acabei transformando as dificuldades de viver no mar no meu prazer diário. É interessante que, o que era uma façanha há 30 anos, hoje não passa de um passeio aos finais de semana, e nem por isso deixei de ter respeito e adoração pelo mar. Eu descobri o quanto é importante poder compartilhar isso em todos os segmentos e em todos os sentidos”.
Em meio a inúmeras histórias inspiradoras sobre sua vida e suas viagens, Klink deslumbrou os visitantes da Bienal com imagens peculiares de lugares ímpares, desafiando-os a pensar em alternativas para a mobilidade urbana, por exemplo. Apaixonado por literatura francesa, Klink conta que conheceu o mundo das embarcações de um jeito bastante simples, através de uma pequena canoa. À medida que foi crescendo em Paraty, no litoral do Rio de Janeiro, descobriu que os livros mais importantes são aqueles os quais julgava ser chatos e que cumpriram função essencial em sua formação enquanto leitor.
“Tive o privilégio de passar muito tempo sozinho em cima de barcos e isso me deu muito tempo para contar histórias sem medo de incomodar ninguém. Gosto muito de contar e, principalmente, de ouvir histórias, e é engraçado que minha iniciação no mundo náutico, aconteceu não no mar, mas por meio dos livros, por isso essa reflexão me faz pensar no quanto eles me deram tudo o que tenho, tudo o que consegui”.