A base do Corpo de Bombeiros da Região Taboão, que será desativada até sexta-feira, 15, monitorava as ocorrências de 22 bairros. O dado foi informado com exclusividade à Folha Metropolitana pelo comandante do 5º Batalhão dos Bombeiros (5º GB), coronel Waldir Pires.
Segundo publicado na quarta-feira, 13, pela Folha Metropolitana, a base está sendo fechada por falta de pagamento de aluguéis. As contas eram pagas pela Prefeitura.
O comandante ainda destacou que o atendimento de ocorrências irá continuar “normalmente” na cidade. “A população pode ficar tranquila. O que irá mudar será o tempo para que o atendimento ocorra, que irá aumentar um pouco”. Ele disse que a corporação demora, em média, sete minutos para atender a uma solicitação de socorro. Questionado sobre a quantidade de tempo que aumentaria para o deslocamento das suas equipes, ele afirmou que isso ainda não foi mensurado.
Atuação – Área destacada em amarelo (acima) corresponde à região da base dos Bombeiros desativada no Taboão (Foto: Divulgação)
Sobre a base do Taboão, que está sendo fechada, o coronel disse que a Unidade de Resgate que atuava no local foi transferida para o Macedo (Região Centro). O caminhão Auto Tanque, usado para combater incêndios, seria transferido para a Região Cumbica ainda nesta quinta-feira, 14.
Com o fechamento da unidade do Taboão, a corporação contará com as bases do Macedo, Cumbica e Vila Galvão.
Posto desativado é ‘insalubre’, afirma coronel dos Bombeiros
O comandante do 5º GB, coronel Waldir Pires, classificou como “insalubre” o posto da Região Taboão que foi desativado. Segundo carta aberta protocolada pela corporação na Prefeitura, Câmara Municipal e Secretaria de Segurança Pública de Guarulhos, o local é, além de insalubre, “inadequado para a manutenção de qualquer serviço ou permanência de seres humanos”.
Realista – Ten Coronel PM Pires garantiu atendimento à população (Foto: Lucas Dantas)
No mesmo documento, assinado pelo coronel Pires, é afirmado que a renovação de um convênio firmado entre o Governo do Estado e a Prefeitura, que “venceu” em 22 de fevereiro deste ano, é negociada desde agosto do ano passado. “A partir de então, a Prefeitura não repassa nenhum numerário para arcarmos com as despesas correntes”, diz trecho do documento.
O secretário municipal de Segurança Pública, João Dárcio Ribamar Sacchi, admitiu em entrevista à Folha Metropolitana nesta terça-feira, 12, a inadimplência de sua pasta com relação aos pagamentos do aluguel da base Taboão dos Bombeiros. Ele ainda disse que “não paga mais contas do [Governo do] Estado”.
Já a secretaria de municipal de Governo afirmou que “está buscando viabilizar o convênio” com a corporação “o mais rápido possível”, mesmo que o prazo para isso tenha vencido em fevereiro.
Fonte: Folha Metropolitana