O presidente da Associação Comercial e Empresarial (ACE) de Guarulhos, Jorge Taiar, afirmou que o setor do comércio deve ter demissões no primeiro semestre no município. A entidade ainda não finalizou os estudos, mas há consenso que a crise econômica do País vai obrigar os patrões a cortar gastos, o que inclui demitir funcionários.
No ano passado, o comércio teve saldo positivo de 589 empregos, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego. Para efeito de comparação, em 2013 o comércio criou 4.206 vagas.
Análise – Vendas insatisfatórias em dezembro mantiveram patamar (Foto: Silvio Cesar)
De acordo com Taiar, as vendas foram insatisfatórias em dezembro e devem manter os indicadores negativos em janeiro. “Já estamos considerando recessão para o comércio de Guarulhos”. Para o próximo semestre, o presidente prefere não fazer prognósticos. “É uma incógnita”, sem estimar quando o comércio deve se recuperar.
Para o economista Fábio Bentes, as famílias devem cortar gastos supérfluos e trazer resultado ruim ao comércio e ao turismo. “O povo está pressionado pelos gastos do início do ano e pelo ajuste fiscal promovido pelo governo federal.”
Turismo vai criar 35,5 mil vagas no País
Estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) aponta que devem ser criados 35,5 mil empregos temporários no setor de turismo até o fim do verão, em março. A maioria das vagas, contudo, deve ficar nas cidades turísticas. Em São Paulo, a concentração deve acontecer no litoral.
O crescimento de vagas deve ser de 1,1% em relação ao ano passado. Já os salários devem ficar por volta de R$ 1.150, com alta de 3,6% em comparação a 2014. Das vagas a serem criadas, 18,9 mil devem ser em bares e restaurantes, seguido de 10,9 mil de hospedagem.
Fonte: Folha Metropolitana