Os familiares de uma idosa atendida no Complexo Hospitalar Padre Bento de Guarulhos denunciam que um erro médico resultou na morte da paciente. Cleusa Ascenção Reis, 61 anos, faleceu no dia 12 de fevereiro por complicações de uma apendicite não tratada, conforme laudo necroscópico. No hospital, ela havia sido diagnosticada com cálculo na vesícula.
De acordo com o filho da Cleusa, Eduardo D´Ascenção Reis, ao dar entrada no hospital no dia 25 de janeiro de 2015, a paciente foi diagnosticada com pneumonia onde permaneceu internada por dois dias. “Ela recebeu alta no dia 27, já com outro diagnóstico, cálculo na vesícula. Porém, nenhum exame específico ou complementar foi realizado para chegar a essa conclusão”, afirma Reis.
“Dias depois de sair do hospital minha mãe morreu em casa. O laudo necroscópico concluiu que o óbito foi decorrente ao apêndice que não foi removido. A situação mostra o atendimento precário, a falta e o despreparo do corpo clínico. Minha mãe não vai voltar mais, mas o médico que a atendeu deveria ser orientado para não matar outras pessoas”, ressalta o filho da idosa.
No dia 4 de março, Reis encaminhou ao hospital uma carta em que cobra explicações do caso. Ele relata que até o momento não teve respostas da unidade de saúde.
A direção do Padre Bento afirma que a paciente ficou internada por 10 dias. Neste período, Cleusa passou por exames como raio-X, hemograma, eletrocardiograma e ultrassom, dentre outros. Sendo que o resultado do hemograma não apresentou alteração que indicasse uma apendicite e que a pedra na vesícula foi diagnostica a partir dos resultados do exame de ultrassom abdominal. A idosa teve seu quadro de saúde estabilizado e, por isso, recebeu alta.
O hospital informa que a carta do filho da paciente foi encaminhada para parecer e avaliação da Comissão de Ética da unidade e que têm o prazo de 30 dias para emitir um parecer.
Fonte: Guarulhos Hoje