O deputado estadual de Guarulhos Alencar Santana, líder do PT na Assembleia Legislativa, é alvo de vídeo que está circulando nas redes sociais, no qual aparece discutindo com policiais militares que averiguaram se o carro oficial parado em frente a uma pizzaria, à noite, era ou não roubado.
Abordado pelos PMs, o motorista informou que Alencar estava dentro da pizzaria. Os policiais então o chamaram para fora, para certificar-se de que era efetivamente o deputado quem estava com a viatura.
Alencar ficou inconformado e questionou os policiais por qual motivo haviam abordado a viatura. Um capitão da PM foi ao local, chamado pelos subordinados. Ele explicou a Alencar que se tratou de uma operação de rotina, para averiguar se o carro era de fato oficial ou se a placa teria sido adulterada. O deputado retrucou que o fato de ser um carro da Assembleia não seria indicativo de que fosse roubado. O oficial respondeu que poderia ter sido, que a averiguação era para a própria segurança do parlamentar. Argumentou que tem havido muitos assaltos a estabelecimentos comerciais no período noturno. Alencar questionou se a viatura teria ido ao local para proteger a pizzaria. O policial respondeu que não, que as rondas são rotineiras. O deputado disse estranhar que seis viaturas tivessem sido deslocadas para atender uma ocorrência banal e quis saber por que o capitão ali comparecera. O oficial respondeu que foi para dar assistência aos policiais.
Manifestação do deputado Alencar Santana
1. Na noite de quinta-feira (29), depois de sair da Assembleia Legislativa, fui até a casa de meu assessor Luiz onde participei de uma reunião;
2. Na volta para casa, por volta das 2h30, parei com meu assessor Marcos para jantar em uma pizzaria na região da Bela Vista;
3. Dentro do estabelecimento, fomos abordados por policiais sem qualquer justificativa e quando sai para a rua chegaram mais viaturas, totalizando 6;
4. Conversei com os policiais e indaguei a razão da abordagem, absolutamente desnecessária. Falaram que o veículo poderia ter sido roubado, que eu poderia ter sido sequestrado, entre outras coisas;
5. Algumas viaturas tentaram sair do local antes da chegada de um superior deles, presença solicitada por mim, o que tentei evitar para provar a agressividade da abordagem que fizeram;
6. Por considerar grave o abuso, fui enfático em não deixar que saíssem do local sem a presença de superiores da PM;
7. Durante todo o tempo estive acompanhado de assessores e testemunhas do ocorrido;
8. Por fim, esclareço ainda que na terça-feira anterior a esse episódio denunciei o homicídio de um jovem pela PM na favela do Moinho em SP e também a perseguição, na própria terça, de uma viatura da PM ao veículo oficial em que eu estava.
9. E por coincidência, ou não, os policiais que me abordaram na noite de quinta fazem parte do mesmo comando.
10. Espero que a ação de ontem tenha sido somente mais ação desnecessária da PM e não uma tentativa de intimidação a quem trabalha e denuncia os abusos.
11. Já relatei o ocorrido para o Coronel Cangerana, comandante do CPM-A1 e para o Presidente do Legislativo Paulista, Cauê Macris.
Alencar Santana Braga
Deputado Estadual
Fonte: Click Guarulhos