Enquanto o guarulhense aguarda a conclusão das obras da Linha 13-Jade, que ligará Guarulhos com à capital, a antiga estação de trem da cidade completaria 100 anos em 2015.
A Estação Guarulhos foi inaugurada em 4 de fevereiro de 1915, como parte do Trem da Cantareira, que partia da estação paulistana do Areal e seguia até o centro, passando pelas estações de Vila Galvão, Torres Tibagy, Gopoúva e Vila Augusta, além de um prolongamento até a Base Aérea de Cumbica.
Na primeira viagem o trem expresso saiu da estação Mercado, em SP, em direção a Guarulhos. Contudo, apesar dos benefícios a linha durou cinco décadas, sendo desativada pelo déficit que existia. Segundo historiadores, em 1963, dois anos antes de ser extinto, o prejuízo do Trem da Cantareira foi de 328 milhões de cruzeiros.
O fechamento aconteceu em 31 de maio de 1965, um ano depois de ter sido desativada a estação do Areal, mantendo o tráfego apenas entre Guarulhos e Tucuruvi.
A Estação de Guarulhos sobrevive até hoje, no local onde está situada a praça IV Centenário. Desde sua desativação, a região já alocou diversas atividades, entre elas uma escola municipal, biblioteca, conselho tutelar e arquivo histórico. Hoje em dia encontra-se a GCM. Ainda é possível encontrar uma locomotiva que, segundo estudos, não foi utilizada na estação, mas sim na Usina Tamoio, na região de São Carlos e ficou conhecida como “dona Joaninha”, em homenagem a Joana Morganti, proprietária da usina. Em 1976, ela foi comprada por um sucateiro da região de Guarulhos e, posteriormente, transferida para a cidade.
Pouco resta das demais estações. Na Vila Galvão há apenas um pedaço da plataforma, feita de tijolos; no Gopoúva, foi preservada a casa onde morava o chefe da estação
Fonte: Guarulhos Hoje