Levantamento feito pelo Conselho Municipal de Saúde (CMS) aponta que, em média, 28% dos 204 remédios que devem ser distribuídos gratuitamente na cidade aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) estavam em falta no ano passado. Em sua maioria, os remédios em falta são de uso de pessoas que têm problemas cardíacos, pressão alta, colesterol e diabetes.
Para avaliar as questões relativas à falta de medicamentos, o Conselho criou uma Comissão de Assistência Farmacêutica e Insumos e Gênero. Segundo a apuração, um dos principais problemas foi o atraso nas licitações e compras, que em outubro de 2013 passaram a ser feitas pela Secretaria de Assuntos Jurídicos, em vez de seguir direto apenas pela Secretaria de Saúde. Na época, o secretário da Pasta, Carlos Derman, chegou a mostrar insatisfação com o fato.
Na prática, a Secretaria de Saúde planeja, pesquisa preços e tem que passar para Assuntos Jurídicos as demais responsabilidades sobre o edital.
“Esses medicamentos não podem faltar. Muitas vezes a ausência de um item pode ser fatal ao doente”, explicou Luiz Carlos da Conceição, coordenador da Comissão Farmacêutica.
Índice caiu para 15% em 2015, diz CMS
No primeiro trimestre de 2015, a falta de medicamentos foi reduzida para 15%, segundo dados do Conselho Municipal. “Queremos que este índice de falta baixe para menos de 5%”, disse a presidente do Conselho, Lucia Helena de Oliveira.
Pelo site da Prefeitura, o cidadão pode acompanhar a Relação Municipal dos Medicamentos Disponíveis. A periodicidade na entrega de medicamentos para os hospitais municipais e para as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) é de 30 em 30 dias, o que pode resultar em um produto estocado que está em falta nas unidades. A Prefeitura estuda reduzir o prazo para 15 dias, mas o CMS quer a entrega semanal.
Fonte: Folha Metropolitana