A tradicional feira livre das quintas-feiras na Vila Galvão não será montada, porque os feirantes irão à Câmara Municipal protestar contra a interferência do vereador Marcelo Seminaldo, que está agindo em nome de algumas pessoas e comércios, para impedir que a feira seja transferida para a rua Padre João Álvares.
A questão é antiga. Começou em 2013, quando teve início a construção do corredor metropolitano de ônibus. Foram várias idas e vindas, até que a feira acabou transferida do Anel Viário para a rua Vasco Brancaleone, no Parque Santo Antonio.
Os feirantes alegam queda de 60% nas vendas, porque a rua é íngreme e distante da maioria do público da feira, composto em maioria por pessoas da terceira idade.
Comunicado distribuído à Imprensa pelo Sindicato dos Feirantes informa que “A feira de quinta da Vila Galvão foi autorizada pela Prefeitura a ser transferida da Rua Vasco Brancaleoni para a Rua Padre João Álvares a partir do dia 8 de março. Os fiscais notificaram os moradores e comerciantes da decisão. Os feirantes avisaram seus clientes que na próxima quinta, dia 8, a feira seria realizada na Padre João Álvares. Com a posição contrária à mudança do vereador Marcelo Seminaldo, que representa alguns comerciantes da região, a Prefeitura suspendeu a transferência. O processo administrativo 4638/2017 com o pedido de mudança feito pelos feirantes tramita há mais de um ano. A viabilidade já foi aprovada pela Secretaria de Transporte e Trânsito e autorizada pela Secretaria do Desenvolvimento Urbano”.
A transferência da rua Vasco Brancaleoni para a Padre João Álvares havia sido autorizada atendendo a abaixo-assinado de moradores, encaminhado à Prefeitura pelo vereador Acácio Portela.
Os membros do Sindicato querem sensibilizar a Prefeitura a manter a transferência para a rua Padre João Álvares. Relatam que fizeram pesquisa entre comerciantes e moradores e ampla maioria foi a favor, embora parte não tenha respondido à pesquisa. Entre os que responderam, 58% concordaram que a feira seja realizada na Rua Padre João Álvares, e 42% foram contrários. Em nove imóveis não havia moradores nem ocupação por estabelecimento comercial. Oito residências não responderam à consulta. Considerando o total de imóveis visitados tem-se que: 43.48% disseram concordar; 31.88% disseram não e 24.64% não foram encontrados ou não responderam.
“Para sua sobrevivência, a feira livre nunca precisou tanto de um olhar crítico e generoso sobre as circunstâncias em que ela se dá”, conclui o comunicado.
Fonte: Click Guarulhos