O SisAqua, ferramenta online criada pelo Programa de Pós-Graduação em Análise Geoambiental da Universidade Guarulhos (UnG) vai permitir à comunidade científica de todo o país a ter acesso à classificação do Índice de Qualidade de Água (IQA) dos rios, lagos e reservatórios de Guarulhos e região. O sistema permite que os pesquisadores acompanhem os impactos e evoluções dos mananciais em diferentes períodos com os mesmos critérios usados pela Cetesb.
A ferramenta avalia a qualidade da água a partir de seus parâmetros físico-químicos e microbiológicos, que pode receber a classificação “Ótima”, “Boa”, “Regular”, “Ruim” ou “Péssima”. A plataforma de acesso livre é uma extensão dos trabalhos realizados pelo programa que estuda há cerca de dez anos a bacia do rio Baquirivu-Guaçu.
De acordo com o diretor do mestrado e orientador do projeto, Reinaldo Vargas, a atual situação dos mananciais na cidade é “totalmente degradante”, em especial o rio Baquirivu. “Na região de área preservada a classificação é boa. Porém, quando as águas passam pelas ocupações urbanas as análises evoluem para ruim a péssima. Isso se intensifica na divisa de Arujá com Guarulhos”, explica o especialista.
Na opinião de Vargas, o problema é decorrente da falta de saneamento básico. “O fato é que a água piora em decorrência dos afluentes que jogam esgoto no rio. É necessário um trabalho de despoluição e tratar o Baquirivu como um esgoto a céu aberto, pois sua carga orgânica é extremamente elevada. É necessário que haja investimentos no aumento da rede coletora”, completa.
“Já o rio Cabuçu é um pouco melhor, apesar da classificação ruim. A sua bacia possui uma água com melhor qualidade do que o Baquirivu”, comenta.
O acesso ao sistema se dá pelo endereço www.intersist.com.br/sisaqua. Como é preciso informar dados técnicos, apenas especialistas conseguirão utilizar a ferramenta.
Fonte: Guarulhos Hoje