Um auxiliar de enfermagem da Unidade de Ponto Atendimento (UPA) São João foi agredido por duas pacientes na noite da última quarta-feira (22). A ocorrência causou grande tumulto na unidade e a falta de segurança obrigou médicos e demais funcionários a paralisarem os atendimentos por até duas horas. O caso foi registrado no 7° DP.
De acordo com funcionários, em menos de dois meses, esta foi a 4ª agressão física sofrida por trabalhadores da unidade. “O problema é que a UPA está com déficit de médicos e auxiliares. Além disso, a situação da dengue na cidade aumentou a procura na emergência. Os casos menos urgentes aguardam até quatro horas por atendimento e alguns pacientes não entendem isso”, explica um colaborador que prefere não ser identificado.
“Neste último caso, a paciente entrou pela emergência e foi avaliada. Não apresentou sinais alterados como pressão alta e febre e foi aconselhada a aguardar. De repente, ela e a filha acertaram o rapaz com socos, chutes, arranhões, agressão verbal e até ameaça de morte. Em momento algum ele revidou. O coitado está traumatizado. Registrou a ocorrência e fez exame de corpo de delito”, comenta o funcionário.
Após a agressão, médicos, enfermeiros e demais colaboradores paralisaram o atendimento entre 22h até à 0h. Os profissionais alegaram falta de segurança.
A Fundação do ABC, que administra a unidade informou que foi necessária a paralisação aos colaboradores abalados e que a queixa da paciente agressora, relacionada à espera para o atendimento, não justifica as agressões praticadas.
A instituição explica que em decorrência do aumento expressivo dos casos de dengue, a procura está 25% superior em comparação com meses anteriores. Por fim, a Fundação afirma que realiza processo de adequação do quadro de pessoal e contratação de novos funcionários. A Saúde garantiu que aumentará a proteção à integridade dos funcionários através do reforço de rondas da GCM.
Fonte: Guarulhos Hoje