No dia 7 de junho, funcionários do aeroporto trocaram o destino de duas malas, cada uma com 30 quilos de cocaína pura, com destino para Ribeirão Preto, no interior do estado, para serem despachadas em Lisboa, Portugal. José Veríssimo Machado e Douglas de Oliveira Silva, escolheram um voo nacional porque as malas não passam pela inspeção de segurança, que só é obrigatória para as viagens internacionais.
Os funcionários aproveitavam um ponto ao lado da pista que não há monitoramento, mesmo em meio as duas mil câmeras de segurança que vigiam o terminal, para passar as malas do setor doméstico para o internacional.
Onze pessoas, incluindo funcionários do aeroporto com acesso à bagagem e à pista, tinham a missão de despachar as duas malas com drogas. Segundo o chefe da delegacia da PF do aeroporto, Marcelo Ivo de Carvalho, a carga valia mais de R$10 milhões.
Com base nessas informações, os policiais federais chegaram até um centro comercial em Guarulhos, a 8 km do aeroporto. Neste centro, traficantes e funcionários se reuniam para finalizar os detalhes do embarque das drogas. Os chefes da quadrilha pagaram adiantado uma quantia de 100 vezes os salários dos funcionários.
Um dos chefes da quadrilha era Marcos de França, um dos criminosos que planejou o furto de R$160 milhões de reais do Banco Central de Fortaleza em 2005, um dos maiores furtos da história do País. França foi preso com R$12 milhões, foi condenado, passou nove anos na cadeia e estava em liberdade desde 2013.
No aeroporto um funcionário foi preso. Outros dois foram presos em casa, e um quarto ao tentar fugir. Com eles, a PF encontrou mais de R$ 500 mil, que era o pagamento do suborno.
Marcos França foi preso na rodoviária de São Paulo. Ele ia fugir de ônibus, com 7 mil euros, deixando para trás seus três carros importados, avaliados em mais de R$ 600 mil. A defesa dele nega as acusações.
Fonte: Click Guarulhos