Guarulhos registrou sete casos de bebês que nasceram com microcefalia até esta quinta-feira (10),ou seja, com perímetro cefálico igual ou menor de 32 centímetros. Até o início da semana passada apenas um caso havia sido registrado no município. O crescimento se deu após a revisão do parâmetro para identificar a doença determinado pelo Ministério da Saúde, no último dia 8,que anteriormente era de 33 centímetros.Com isso,os casos aumentaram mais de 600% em uma semana.
No entanto, a Secretaria de Saúde do município está investigando mais um caso que se enquadrava na definição anterior.A pasta emitiu um alerta no dia 26 de novembro deste ano, para todas as maternidades de Guarulhos,tornando obrigatória a notificação dos casos de microcefalia na cidade.
A média de incidência da má-formação em bebês no município é de cerca de cinco casos para cada 100 mil habitantes. Segundo a secretaria, deste total, a maioria dos bebês não apresentou alterações no exame de imagem da
criança. Mas, esses casos não podem ser descartados sem o resultado dos exames laboratoriais que ainda não ficaram prontos.
Ainda assim nenhum caso de microcefalia está sendo associado ainda ao zika vírus, pois não há confirmação de infecção por parte deste vírus no município até o momento. O zika é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti,mesmo transmissor da dengue, e pode causar manchas vermelhas na pele, coceiras e dores no corpo. Se infectar uma gestante, pode não deixar o cérebro do bebê se desenvolver de maneira adequada.
Prevenção
A Saúde já prepara um material informativo e campanha educativa sobre o tema para a cidade. Já a prefeitura intensifica o trabalho de visita casa a casa, eliminando os focos do mosquito transmissor e educando a população sobre o mosquito Aedes Aegypti. Esse trabalho é feito pelos agentes de serviço de saúde e pelos agentes comunitários de saúde.
As ações de controle da doença são contínuas durante o ano, com a intensificação no segundo semestre. A prefeitura inspeciona os imóveis abandonados, os pontos de acúmulo de água e identificando os principais criadouros da dengue bairro a bairro, para possibilitar as ações locais de controle.
Fonte: Guarulhos Hoje