Guarulhos não corre o risco de ter a segunda dose contra a covid-19 suspensa

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A Prefeitura de Guarulhos tem imunizantes suficientes contra a covid-19 para aplicar a segunda dose de quem está tomando a vacina agora e, portanto, não corre o risco de suspender a campanha, como ocorreu em pelo menos 870 municípios de 22 estados do país. A garantia do estoque para completar o esquema vacinal de todos os públicos imunizados até agora é resultado de um rigoroso controle na distribuição dos lotes destinados a cada etapa de vacinação, principalmente com os imunobiológicos da Coronavac, que exigem um intervalo mais curto entre a primeira e a segunda aplicação.

 

Foto: Nícollas Ornelas/PMG

 

A estratégia inicial adotada pelo município para garantir a segunda dose a todos que tomaram a primeira foi a reserva da metade dos lotes de Coronavac no momento em que as notícias de um possível atraso na produção deste imunizante sinalizavam tal necessidade. Essa medida vigorou até o final de março, quando a regularidade nos repasses dos imunizantes pelo Governo do Estado devolveu a segurança ao município para a utilização da totalidade das vacinas de acordo com a grade de distribuição para cada uma das etapas.

 

Além disso, a Secretaria da Saúde de Guarulhos segue rigorosamente essa grade de distribuição do Governo do Estado, respeitando o quantitativo repassado para cada etapa. Ou seja, não utiliza sequer uma vacina do lote destinado para a segunda dose como primeira.

 

De acordo com um levantamento realizado pela Confederação Nacional de Municípios com 2.824 prefeituras na semana passada, 30,8% delas informaram ter ficado sem reserva da segunda dose da Coronavac, que deve ser aplicada entre 14 e 28 dias após a primeira, conforme preconizado pelo Instituto Butantan, fabricante da vacina. Além disso, 675 cidades (23,9%) informaram também falta da primeira dose para os grupos prioritários.

 

No estado de São Paulo, cem municípios reportaram falta da primeira dose e 103 informaram não ter quantitativo suficiente para aplicar a segunda, ameaçando deixar incompleto o esquema de proteção da população. “Monitoramos diariamente as aplicações da primeira dose a fim de garantir a imunização da segunda. Essa é uma preocupação constante do Programa de Imunização para que não haja desabastecimento, a fim de assegurar o esquema completo de vacinação. Temos o compromisso de seguir todas as diretrizes técnicas. Para tanto, as estratégias de vacinação municipal são reavaliadas continuamente e são readequadas conforme as doses recebidas”, destacou o secretário da Saúde em exercício, Michael Rodrigues de Paula.