Guarulhos perde hectares de Mata Atlântica

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A área de Mata Atlântica remanescente em Guarulhos apresentou queda de 10 hectares entre 2012 e 2013. Segundo o Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, divulgado ontem pela Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a cidade possui 8.532 hectares (ha) de mata nativa – o que incluiu apenas mata, já que o município não possui mangue e restinga – contra os 8.542 ha registrados no levantamento anterior.

Originalmente todo o território guarulhense pertencia à Mata Atlântica, contudo, somente 27% das áreas permanecem preservadas. Ainda assim, os remanescentes do bioma na cidade são superiores ao registrado em Campinas, terceiro maior município do estado, que possui atualmente 3%; e que na capital que conta com 18%.

Nas três primeiras posições do ranking no estado de São Paulo estão as cidades de Ribeirão Pires, com 21% de desmatamento no período; Apiaí, com 20% e Suzano, com 18%. Já dentre os municípios mais conservados estão Ubatuba e Ilhabela com 86% de vegetação natural; e São Sebastião com 85%.

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No país, segundo o Atlas, a cidade de Manoel Emídio (PI), com 3.134 ha, lidera o ranking no período entre 2012 e 2013. Parte do estudo já havia sido divulgada em maio deste ano e apontou que em todo o país o desmatamento teve alta de 8,5% em relação ao período anterior (2011-2012).
Com base em imagens geradas pelo sensor OLI a bordo do satélite de satélite Landsat 8, o Atlas da Mata Atlântica, que monitora o bioma há 28 anos, utiliza a tecnologia de sensoriamento remoto e geoprocessamento para avaliar os remanescentes florestais acima de 3 hectares.

Plano

 

De acordo com a SOS Mata Atlântica, os municípios têm de fazer sua parte na proteção da floresta mais ameaçada do Brasil e uma das principais formas de contribuir é através da elaboração e implementação dos Planos Municipais da Mata Atlântica.
O plano traz benefícios para a gestão ambiental e o planejamento do município.

Quando o município faz o mapeamento das áreas verdes e indica como elas serão administradas – por exemplo, se vão virar um parque ou uma área de proteção ambiental – fica muito mais fácil conduzir processos como o de licenciamento de empreendimentos.

Além disso, é uma legislação que coloca o município muito mais próximo do cidadão, porque também estamos falando em qualidade de vida.

 

Fonte: Guarulhos Hoje