O prefeito Sebastião Almeida (PT) admitiu ontem, durante solenidade na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), que o rodízio de dois dias sem água e um com abastecimento pode ser estendido para toda a cidade, caso a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) continue restringindo o repasse de água. Na semana passada, a Sabesp cogitou reduzir o repasse sob justificativa de que a economia de água em Guarulhos, de 17%, é inferior a apresentada pelos demais municípios, que tiveram mé- dia de 30%.
Vale ressaltar que esse novo esquema foi implementado recentemente pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) nas regiões de Pimentas e Bonsucesso, do Sistema Alto Tietê, conforme divulgado pela Folha Metropolitana na última terça-feira. Na ocasião, a autarquia municipal afirmou que não havia definição se essa modalidade seria estendida para outros bairros. Durante a reunião de abertura da Frente Parlamentar Guarulhos Quer Metrô, na Alesp, Almeida disse que o município terá de conviver com a nova realidade.
“Se temos um produto escasso, vamos ter de distribuir da melhor forma possível”, justificou o prefeito, referindo ao fato de a cidade já conviver com restrição de água. “Guarulhos é o município que está fazendo sacrifício há mais tempo”, concluiu.
Dívida será negociada
No próximo mês, o prefeito Sebastião Almeida (PT) afirmou que se reunirá com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) para discutir a dívida do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) com a empresa. “Esperamos chegar a um entendimento”, afirmou Almeida. Segundo a Sabesp, o débito da autarquia municipal é de R$ 2,3 bilhões.
No entanto, o Saae contestou o valor dizendo que a dívida é de R$ 1,7 milhão. A Companhia, em uma disputa política, jurídica e financeira, tem estudado algumas medidas para cobrar os débitos da autarquia municipal, cuja a mais extrema envolve o corte de abastecimento da cidade.
Fonte: Folha Metropolitana