A manifestação na Avenida Paulista trouxe do começo ao fim discursos com diferentes tons contra a presidente Dilma Rousseff (PT) e contra a corrupção no País nos oito carros de som dos organizadores. O protesto reuniu milhares de pessoas. Houve divergência entre números da PM, que estimou 1 milhão de participantes, e do Datafolha, que calculou 210 mil.
Diversas faixas criticavam ainda as medidas econômicas do governo, outras pediam a saída da presidente. Integrantes do movimento Vem Pra Rua, um dos organizadores dos protestos, levavam também uma cruz com os dizeres “Corrupção, Desemprego, Inflação, Juros: Que País é Esse”.
Foto: Beto Martins
Carros de som dos autodenominados “Militaristas” pregavam a deposição, pelo Exército, de Dilma, Michel Temer (PMDB), e dos presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL).
Em seguida, os trios elétricos dos grupos Revoltados On Line, Endireita Brasil, Movimento Brasil Livre e do partido Solidariedade pediam o impeachment da presidente e entoavam cantigas contra o PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que era chamado de “Sapo Barbudo”.
O epicentro do ato, entretanto, aconteceu em torno dos carros do movimento Vem Pra Rua, que tem uma orientação mais moderada e não defende o impeachment. Foi lá que se concentraram artistas globais, celebridades e lideranças de diversos segmentos sociais.
Para evitar identificação com os grupos mais radicais, políticos de oposição, como os senadores Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Aloysio Nunes (PSDB-SP) optaram por circular no trecho da Paulista, liderado pelo VPR.
Embalado com o sucesso da manifestação, o Movimento Brasil Livre anunciou que fará outro ato na Avenida Paulista no dia 12.
5 mil nas ruas da cidade
Em Guarulhos, o protesto teve início por volta das 11h e reuniu aproximadamente 5 mil pessoas, segundo estimou a Polícia Militar. A maioria dos manifestantes estava vestida de verde e amarelo, semelhante aos participantes presentes nos demais atos realizados pelo País. Alguns tinham os rostos pintados também. Houve concentração na Praça Getúlio Vargas, em frente à Câmara Municipal.
Fonte: Folha Metropolitana