Obras do programa de macrodrenagem do rio Baquirivu começam neste ano

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As obras do Programa de Macrodrenagem e Controle de Inundações do rio Baquirivu-Guaçu, promovidas pela Prefeitura de Guarulhos, estão em processo de licitação e devem ter início ainda neste ano. O projeto vai melhorar os sistemas de drenagem e a mobilidade urbana no município com uma série de obras viárias, urbanísticas e habitacionais.

 

 

Segundo o prefeito Guti, o projeto de adequação do Baquirivu é uma das maiores realizações do seu governo. “Esse programa vai beneficiar diretamente bairros próximos e indiretamente toda a cidade com obras de drenagem, recuperação de vias e modernização do sistema de mobilidade urbana, implantação de equipamentos de esporte, lazer e saúde. Fico muito feliz em resgatar um projeto que tinha sido abandonado pelo Governo do Estado há alguns anos e poder garantir maior qualidade de vida para a nossa população”, afirma.

 

O programa conta com financiamento externo na ordem de R$ 516 milhões e tem por objetivo a redução de cheias por meio da ampliação da calha do rio Baquirivu-Guaçu e a construção de reservatórios, recuperação de áreas de várzeas, com implantação de parque linear, arborização, passeio público, ciclovia, pista de corrida e mobiliário urbano, ampliação da foz do córrego Cocho Velho, melhoria de vias urbanas e ampliação dos corredores viários de acesso ao aeroporto internacional de Guarulhos.

 

O secretário de Obras, Marco Antonio Guimarães, fez questão de salientar que esse projeto de drenagem e controle de cheias executado em Guarulhos é um dos maiores do Estado. “É um projeto de macrodrenagem que requalificará grande parte da cidade com a ampliação da calha do rio Baquirivu e a construção de reservatórios. Mas as obras não param por aí, haverá ainda recuperação de vias, modernização de corredores de ônibus e a implantação de um parque linear de 70 mil m², entre outras ações”, revela.

 

A execução do programa foi possível graças ao empenho do prefeito Guti e das tratativas do secretário de Obras e do titular da Pasta de Governo, Edmilson Americano, junto aos representantes da Corporação Andina do Fomento (CAF) para aprovação do empréstimo internacional pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina.

 

Para Americano, o programa de macrodrenagem é um marco para o município. “Esse projeto irá beneficiar mais de 300 mil pessoas diretamente e a população de toda a cidade indiretamente. Na verdade era uma obrigação do governo estadual, mas como o projeto foi abandonado o prefeito Guti, corajosamente, assumiu a tarefa de garantir a execução dessa importante obra para a cidade”, ressalta.

 

Licitação

 

O processo licitatório das obras contempla a canalização de 14,4 km do rio Baquirivu, instalação de parque linear em toda a sua extensão e uma ciclovia que irá da estação da CPTM até a divisa com a cidade de Arujá, com cerca de 20 km. No processo também haverá a canalização de parte do córrego Cocho Velho, construção de seis pontilhões e melhoria em 13 travessias, requalificação de 23 km de vias públicas e implantação de áreas de recreação e esporte com iluminação pública sustentável, arenas esportivas, grama sintética em campos de futebol, alambrado, iluminação, vestiários, sanitários acessíveis e área de convivência.

 

Haverá também a construção de dois reservatórios de retenção, um com capacidade para 240 milhões de litros de água na confluência do córrego Tanque Grande com o córrego Água Suja (foz do rio Baquirivu), e outro com 839 milhões de litros entre as ruas Florestan Fernandes e Francisco Xavier Correa. Com a construção desses reservatórios, a ocorrência de enchentes deverá ser reduzida para uma a cada 25 anos. O programa prevê ao todo cinco reservatórios, reduzindo a incidência de uma inundação a cada cem anos, conforme critério apontado pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) do Estado de São Paulo.

 

O projeto conta ainda com a adequação do corredor viário da rua Jamil João Zarif em uma extensão de 3,5 km e do corredor de ônibus da avenida Natalia Zarif, com 4 km. Haverá também a implantação do loteamento Ponte Alta II numa área de 230 mil m² com 345 lotes residenciais, além de prédios com 378 apartamentos, áreas verdes, implantação de Ponto de Entrega Voluntária (PEV), unidade de pronto-atendimento (UPA), escola, quadras, área comercial e toda a infraestrutura urbana com arruamento, pavimentação, drenagem, calçadas etc.

 

A gestão do programa cabe às secretarias de Governo, Obras, Habitação, Assistência Social e Meio Ambiente, que atuarão no desenvolvimento, monitoramento e fiscalização da obra. O programa contará também com o envolvimento das secretarias da Fazenda, Justiça e Transportes e Mobilidade Urbana, além da Procuradoria-Geral do Município.