A Inspetoria de Patrulhamento Ambiental da Guarda Civil Municipal (GCM) de Guarulhos divulgou nesta quarta-feira (20) que, entre janeiro e a primeira quinzena de maio de 2020, foram realizados 42 resgates de animais silvestres em várias regiões da cidade.
Entre os bichos resgatados há saruês (uma espécie de gambá que se alimenta de insetos, frutas, ovos, cobras e escorpiões), corujas, carcarás (aves de rapina), teiús (da classe dos lagartos), arara-canindé, passarinhos (sendo o Picharro o mais comum), quatis (que parecem tamanduás e vivem em grupo), serpentes, saracuras (aves semi-aquáticas pequenas e que voam baixo), maritacas (que parecem papagaios, mas não têm penas em volta dos olhos e são menores), garça (que vive em bando e frequenta rios, lagoas e charcos), gavião e até uma jacupiranga, que é uma ave de grande porte, endêmica no Brasil, presente em áreas florestais e que está ameaçada de extinção.
A equipe encaminha os animais feridos, dependendo da disponibilidade de recebimento, ao Zoológico Municipal de Guarulhos, ao Centro de Recuperação de Animais Silvestres do Parque Estadual do Tietê, à Divisão Técnica de Medicina Veterinária e Manejo da Fauna Silvestre (Depave-SP) ou ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas). Nesses locais eles recebem atendimentos médicos de veterinários e biólogos e, ao se recuperarem, passam por quarentena e readaptação para serem inseridos novamente em seus hábitats naturais.
A Inspetoria conta com guardas civis que atendem ocorrências em todas as regiões de Guarulhos, sendo que o maior índice de resgate de animais silvestres se concentra na região norte da cidade.
O inspetor Pedro Sarmento esclarece que os guardas civis passam por treinamento específico para desempenhar bem suas funções. “O resgate dos animais se diferencia de espécie para espécie. Por exemplo, para o resgate de uma serpente, principalmente se for peçonhenta, é necessário muito cuidado e atenção por causa do risco de acidente, ou seja, de levar uma picada. O equipamento também é diferente: utilizamos luvas de raspa, caixa de contenção e transporte, gancho e grandes pinças apropriadas para serpentes. Após o resgate, o animal é levado direto para o Instituto Butantã, em São Paulo”, informa.
O Patrulhamento Ambiental atua em defesa do meio ambiente e no combate a crimes contra a fauna silvestre, como captura ilegal, venda ou guarda de espécimes na natureza, além de casos de maus-tratos. Atua também no resgate de animais silvestres encontrados na área urbana e sua devolução ao verdadeiro hábitat.
Serviço
Solicitações e denúncias podem ser feitas à Central de Atendimento da GCM, pelos telefones 153 e 2475-9444.