Prefeitura realiza testes com inibidor de odor no Aterro Municipal de Guarulhos

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A Secretaria Municipal de Serviços Públicos deu início, nesta segunda-feira (7), a alguns testes com um “remediador ambiental físico químico”, com o objetivo de avaliar a eficiência do produto no combate aos odores exalados do Aterro Municipal de Guarulhos, que sofreu o deslocamento de uma célula na noite do último dia 28, deixando material orgânico à mostra. A realização dos testes foi anunciada neste domingo pelo prefeito Guti, que – em companhia do secretário de Serviços Públicos, Edmilson Americano, percorreram diversos bairros da região do Cabuçu para verificar denúncias de mau cheiro em alguns pontos.

Na semana passada, pessoas de diferentes bairros fizeram reclamações à administração sobre fortes odores, depois do incidente. Desta forma, Guti foi pessoalmente aos bairros da região e conversou com dezenas de moradores, que puderam relatar o que está ocorrendo. Alguns disseram que em determinados momentos do dia sentem cheiros mais fortes, porém outros relataram não terem percebido qualquer anormalidade. Nos bairros por onde passou neste domingo (6), Guti e Americano perceberam poucos pontos com odor alterado, mas bem localizados e que podem ter origens diversas.

 

No Jardim Cambará, próximo ao Continental 5, há um ponto em que é mais perceptível o odor mais forte, principalmente conforme a direção do vento. Porém, o bairro é cercado de diversas empresas de reciclagem e até garagens que abrigam caminhões de lixo vindos de outras cidades, que acumulam também dejetos orgânicos. Há ainda, nas proximidades do número 4.000 da avenida Pedro de Souza Lopes, algumas criações de animais, como porcos, que podem contribuir com o mau cheiro.

 

“Sabemos que o incidente, ao deixar uma grande quantidade de lixo exposta, provocou mau cheiro, que – em alguns casos, conforme a direção dos ventos – chega a alguns bairros próximos. Por isso, estamos procurando soluções para eliminar de vez este problema”, explicou o prefeito. Nesta segunda-feira a Secretaria de Serviços Públicos iniciou o teste com um produto, aplicando em dois pontos do aterro, que devem servir como amostragem. “Antes de providenciar a compra deste material para aplicar no lixo que escorregou no aterro, precisamos ter uma avaliação técnica de sua eficácia e durabilidade”, explicou Americano.

 

Segundo o secretário, o remediador ambiental é um produto “verde”, 100% biodegradável, inofensivo para o ser humano, para a fauna e para a flora. O fabricante informa que ele precisa ser reaplicado a cada duas semanas. “Os primeiros testes demonstram boa eficácia, mas ainda precisamos aguardar alguns dias para ver como o produto reage diante do vento e chuva, por exemplo”, explicou.

 

O deslocamento de uma célula no Aterro Municipal ocorreu por volta das 22h30 da sexta-feira, dia 28. Na manhã do dia 29, Guti esteve no local acompanhado de secretários municipais e chamou a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), que realizou um levantamento inicial sobre os danos. Imediatamente, uma força-tarefa foi criada para providenciar algumas ações para a contenção do lixo, como a construção de dois diques e de uma piscina com manta impermeabilizada, para receber dejetos líquidos (chorume), que poderia escorrer.

 

O aterro deixou de ser operado e todo lixo doméstico de Guarulhos, cuja coleta foi paralisada por apenas algumas horas, mas não deixou de ser realizada, passou a ser depositado, em um aterro particular localizado ao lado do Municipal. A Prefeitura decretou situação de emergência no dia 31 para agilizar os trabalhos, como a contratação de uma perícia técnica para identificar as causas e indicar as soluções a serem aplicadas para a remoção do lixo e liberação das operações no local.