Professores da EPG Jorge Amado participam de formação lúdica

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Um casamento da arte com a educação. Com sensibilidade e carinho, a arte educadora Wânia Karolis reuniu professores e gestores da Escola da Prefeitura Jorge Amado num momento de reflexão sobre os projetos educativos da unidade escolar, na última sexta-feira (5).

 

 

A gestora Solange da Cruz explica a importância da parceria na reflexão e construção do projeto político-pedagógico da escola.

 

“Nós já temos vivido um cotidiano de formação diferenciado na nossa escola. Espaço onde debatemos e refletimos a nossa prática pedagógica. Foi nesse movimento que surgiu a oportunidade de trazermos esse ingrediente a mais com a Wânia, onde potencializamos a nossa proposta pedagógica voltada para a Cultura de Paz, resgatando a cultura popular e as memórias da nossa infância”, destaca.

 

Dialogar com musicalidade experimentando movimentos, sabores, linguagens. A proposta de Wânia é ousada, marcada pela escuta atenta dos participantes, do diálogo amoroso, do olhar atento à importância de cada individualidade.

 

“Faz parte do meu projeto ir até às escolas em hora-atividade  e  propor esse momento reflexivo com os professores, por meio das histórias e dos contos da tradição oral.  É um trabalho muito precioso, muito delicado e que eu tenho um carinho e paixão muito grande em realizar”, explica Wânia.

 

Oh, que saudades que tenho da aurora da minha vida!

 

A partir da memória afetiva relacionada às festas juninas e reunidos em uma grande roda, os participantes revisitaram brincadeiras, cantigas de roda, poemas e cirandas.

 

“Juntando memória e imaginação vivenciamos juntos a trajetória dos nossos antepassados, quando em volta da fogueira celebravam as festas de São João, São Pedro e Santo Antônio. Com essa mesma emoção, contamos e ouvimos histórias, aconchegados pelo calor da troca delicada dos olhares, dos sorrisos e das palavras saudosas”, completou  a arte-educadora.

 

O professor Fábio Viana conta que a atividade despertou memórias de quando ouvia e inventava histórias em atividades do cotidiano familiar.

 

“Eu lembro que o momento que eu mais amava quando criança era contar histórias e acredito que me tornei artista e professor de teatro exatamente por esse hábito do passado”, destaca o professor. “Há alguns dias fizemos aqui na nossa escola uma atividade que incentivaram as crianças a expressar suas histórias e olha, tudo está muito diferente! Na minha época, inventávamos histórias de bruxas, fadas, criávamos monstros e agora eles falam sobre drogas, violência e abandono reais. Penso que é muito importante essa reflexão de hoje, até para de alguma maneira, ressignificar nas minhas aulas, essa realidade que eles vivem”.

 

Para a coordenadora pedagógica Veronica Freires da Silva, o processo formativo vivenciado é positivo no sentido de integrar a equipe, gerando aprendizados e impactos positivos na ação pedagógica da Escola.

 

“Temos realizado diversas atividades formativas na escola com o intuito de criar novas estratégias de ensino, e, muitas vezes, os profissionais se sentem preocupados em fazer o certo e a ação de hoje cumpriu exatamente com o que queremos construir na nossa escola, que é resgatar e enaltecer o potencial dos nossos professores. Além do que, todas as formações reverberam na sala de aula, afinal o professor motivado é também motivador”.