Dezenas de professores da rede estadual de ensino estiveram presentes ontem na Câmara Municipal de Guarulhos para mostrar indignação com a situação atual da categoria, que briga por melhores condições. Durante a sessão, na Tribuna Livre, Valdineth de Paula Costa, umas das professoras grevistas, pediu o apoio dos parlamentares.
“Viemos pedir o apoio dos vereadores, pois nossa classe vem sofrendo muito. Temos vários professores acampados esperando uma resposta do Governo, que demitiu entre 2014 e este ano 20 mil profissionais. O governador diz que não tem negociação, mas no começo de 2015 aumentou o próprio salário. A greve é a única saída que encontramos no momento, e não vai ter arrego”, disse a professora.
Marisa de Sá (PT), que também é professora, apoiou a colega. “O governo de São Paulo, que é o mais rico do país, trata muito mal os professores, e não paga nem o piso salarial nacional a todos os profissionais, que é de R$ 1.900. A situação atual da categoria é muito crítica, a educação estadual está sucateada”, afirmou.
Os vereadores também mostraram apoio aos trabalhadores que lutam contra o projeto de lei 4.330, que prevê a contratação de serviços terceirizados para qualquer atividade, sem estabelecer limites ao tipo de serviço que pode ser alvo de terceirização. Heleno Metalúrgico (PDT) e Samuel Vasconcelos (PT) foram dois dos vereadores que foram à tribuna discutir o tema, e disseram que a presidente Dilma Rousseff (PT) tem que vetar a proposta.
Dos 10 projetos de lei que estavam na Ordem do Dia, apenas três foram votados, com destaque para a aprovação do PL que trata sobre a implantação de relógios digitais, data e termômetro em vias principais. Seis projetos foram prejudicados por falta de parecer, e o último não foi votado, pois a sessão foi encerrada por falta de quórum.
Também foi feita ontem uma sessão extraordinária, com quatro projetos em pauta, onde todas ementas e pareceres foram aprovados.
Fonte: Guarulhos Hoje