Batizada de Carga Extra, a Polícia Federal (PF) deflagrou nesta segunda, 24, uma operação para desarticular uma organização criminosa formada por funcionários e ex-funcionários de empresas de serviços auxiliares que despachavam cargas com grandes quantidades de entorpecentes no Aeroporto Internacional de Guarulhos.
A operação cumpriu 15 mandados de busca e 14 mandados de prisão em Guarulhos, São Paulo e Mongaguá, mobilizando um total de 80 policiais federais.
De acordo com a PF, durante os oito meses de investigação, a organização embarcou e tentou embarcar mais de meia tonelada de cocaína. A organização criminosa oferecia os serviços para qualquer grupo que quisesse enviar drogas para a Europa. Segundo as investigações, o grupo movimentou cerca de R$ 8 bilhões. Em cada operação, os valores giravam em torno de R$ 500 mil.
Segundo o delegado da Superintendência da Polícia Federal em São Paulo, Marcelo Ivo de Carvalho, as drogas eram embarcadas em grandes quantidades nas cargas das empresas aéreas por funcionários terceirizados, mas de forma clandestina, ou seja, sem nenhum tipo de registro. A carga entrava no aeroporto em caminhões de lixo e dentro do terminal era colocada em um contêiner de cargas e bagagens regulares.
“As empresas aéreas e as de coleta de lixo não tinham conhecimento disso. Nenhuma empresa tem envolvimento. Todas prestaram apoio necessário para identificação da prática. O funcionário fazia isso por contra própria. Aqueles que ganhavam menos com as operações, recebiam R$ 10 mil. Outros ganhavam R$ 100 mil.”
Fonte: Click Guarulhos