Sabesp e prefeitura negociam

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Representantes da prefeitura e da Companhia Estadual de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) se reuniram ontem, para dar início às negociações e buscar a solução de problemas comuns.

A dívida de R$ 2,3 bilhões da autarquia municipal e a estatal será abordada nos próximos encontros, assim como a ampliação da oferta de água e a continuidade do serviço de tratamento de esgoto em Guarulhos.

 

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A reunião foi realizada na sede da Sabesp e contou com a presença do prefeito Sebastião Almeida e do presidente da estatal, Jerson Kelman. Ficou definida a constituição de um grupo de trabalho composto por seis pessoas, com três representantes de cada uma das partes. Eles vão se reunir ao longo das próximas semanas para definir uma proposta em comum, que será apresentada ao Estado e ao Município.

“Foi uma reunião bastante positiva. O presidente da Sabesp demonstrou desejo de construir uma saída em conjunto para os problemas que temos enfrentado”, disse Almeida.

Pela Prefeitura, também participaram da reunião o secretário municipal de Finanças, André Oliveira Castro, o secretário de Assuntos Jurídicos, Severino José da Silva Filho, além do superintendente do Saae, Afrânio de Paula Sobrinho.

A dívida de Guarulhos com a Sabesp se refere ao período de outubro de 1996 até dezembro do ano passado.

Segundo a estatal, toda a dívida tramita na Justiça e é composto por faturas não pagas, faturas quitadas parcialmente e Termo de Acordo não cumprido na totalidade. Segundo Saae a dívida que se transformou em precatórios está sendo paga rigorosamente, conforme acordo firmado com o Tribunal de Justiça.

 

Risco de redução no repasse do volume de água ainda existe

 

Conforme divulgado anteriormente pelo HOJE, a Sabesp pretende reduzir a quantidade de água distribuída ao município, o que forçaria um rodízio no abastecimento ainda maior. A estatal não confirmou quanto será a queda da oferta para Guarulhos e quando a mudança será iniciada.

O Saae afirma que ainda não foi comunicado sobre a possível redução do volume de água repassado para o município, mas que está em tratativa com a Sabesp para definir uma melhor alternativa sem comprometer o abastecimento atual.

Enquanto a situação do rodízio ainda não foi redefinida, os moradores do Inocoop afirmam que o fornecimento de água para a região está cada vez mais escasso. “Nas duas últimas semanas ficamos 60 horas sem água para 12 horas com água. E quando a água chega, não é o suficiente para encher a caixa. A tarifa aumenta, a água diminui e os moradores não foram comunicados”, comenta a dona de casa Sandra Lilli, 50 anos.

A autarquia alegou que a região é abastecida pelo Alto Tietê, sendo este um sistema variável e que a localidade opera em sistema de um dia com água para dois dias sem, em consequência da disponibilidade para toda essa região.

 

Fonte: Guarulhos Hoje