Saguis ameaçados de extinção inauguram novo recinto no Zoológico de Guarulhos

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Uma família de saguis-da-serra-escuro (Callithrix aurita), espécie ameaçada de extinção, estreou nesta terça-feira (23), seu novo recinto no Zoológico de Guarulhos, no Jardim Rosa de França. O macho, Marcelino; a fêmea, Madonna, e seus sete filhotes agora têm um ambiente com 28m2 (a casa antiga tinha 12m2), equipada com “brinquedos”, vegetação nativa da Mata Atlântica e até um pequeno riacho com água corrente.

 

 

Assim que a porta do túnel de ambientação foi aberta, os bichinhos saíram e começaram a explorar o novo ambiente. A reforma foi feita pela equipe do zoo, com coordenação da veterinária Claudia Igayara. “Trata-se de uma espécie bastante delicada e de difícil procriação. Tendo em vista o risco de extinção, tentamos oferecer o maior espaço possível e todas as demais condições favoráveis ao nascimento de novos indivíduos”, explica Claudia, cujo trabalho de conservação garantiu ao Zoológico de Guarulhos o posto de coordenador do studbook da espécie que gerencia toda a população em cativeiro no País, trabalho realizado em conjunto com a Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil do Brasil (AZAB) e com o ICMBio, órgão federal responsável pela gestão da fauna ameaçada no Brasil.

 

O trabalho de conservação no local teve início em 2009, ano em que o parque recebeu os primeiros animais da espécie apreendidos em cativeiros ilegais. Após anos de dedicação e aprendizado, em 2014, nasceram os primeiros filhotes, garantindo ao zoo guarulhense o status de instituição de referência no manejo do Callithrix aurita. No total, o parque abriga 12 saguis-da-serra-escuros, que formam duas famílias.

 

Para quem quiser conhecer de perto estes e também os demais animais do Zoológico de Guarulhos, o parque fica na avenida Dona Glória Pagnonceli, 344, Jardim Rosa de França e funciona de terça-feira a domingo, das 9h às 17h. Entrada gratuita.

 

Risco de extinção

 

O sagui-da-serra-escuro está entre as espécies em risco de extinção, principalmente pela destruição de seu habitat e pela hibridação (mistura) com outras espécies de saguis introduzidas pelo homem em sua área de ocorrência. Sem uma população de segurança bem manejada em cativeiro e trabalhos integrados dentro e fora do local de origem, há poucas chances de que esta espécie sobreviva.