Vacina contra a dengue

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Desde 2013 o Instituto Butantan realiza estudos para o desenvolvimento de uma vacina contra a doença que só no município já acometeu 3,4 mil: a dengue. Para que a imunização se torne uma realidade são necessárias fases de testes em humanos. A guarulhense Edneusa Silva de Jesus, funcionária pública de 49 anos, é uma das voluntárias em mais essa missão da ciência.

 

Hoje moradora do Água Azul (Região Bonsucesso), Edneusa viveu parte de sua existência na comunidade Anita Garibaldi, na mesma região que está entre as mais atingidas pela contaminação. Segundo a Prefeitura, Bonsucesso e São João têm 1.498 casos contabilizados, o que significa aproximadamente 50% das ocorrências na cidade. “Quando vi o sofrimento das pessoas senti que queria contribuir de forma diferente para a prevenção da doença”, contou a voluntária.

 

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Solidariedade – Esse foi o sentimento que levou Edneusa ao voluntariado (Foto: Lucas Dantas)

 

A decisão implicou em desafios. Deslocar-se até o Hospital das Clínicas (HC) com frequência, submeter-se a exames e lidar com a ideia de que sintomas indesejáveis poderiam ocorrer não foram os mais difíceis. “O pior foi ouvir as críticas, pessoas dizem que eu sou louca por me submeter aos testes. Mas acredito que estou fazendo um bem”, disse.

 

Fase final deve ser antecipada

 

O Instituto Butantan informou que está preparado para iniciar a terceira fase dos estudos, na qual 17 mil testes serão feitos. Segundo a assessoria de imprensa do centro de pesquisa, o início desta etapa anteciparia os resultados. A previsão inicial era de que a conclusão dos processos e a disponibilização da vacina ocorressem em 2018. Entretanto, com a aprovação da  Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para acelerar os trâmites, a perspectiva passa para o final de 2016.

 

De acordo com o Instituto Butantan, os testes estão na segunda fase, na qual 250 pessoas se voluntariaram. Edneusa está entre as 150 que já iniciaram os testes. Na primeira fase, realizada em 2013, outras 50 pessoas se disponibilizaram.

 

Fonte: Folha Metropolitana