O Dia Internacional do Orgulho Gay/Lésbico, ocorrido domingo, 28, não pode ser celebrado em Guarulhos. Em dois anos, a Assessoria Multidisciplinar de Assuntos da Diversidade Sexual (Amads) registrou 38 casos de violência contra o segmento Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Travestis (LGBT) na cidade. Em 2013, foram 15 casos e, no ano seguinte, 23. Isso representa um aumento de 53%.
Direitos – Bandeira LGTB se destaca na Parada Gay local, em 2013 (Foto: Lucas Dantas)
Segundo a Amads, as denúncias se referem a agressões físicas, verbais e psicológicas. O coordenador da Assessoria, Genivaldo Espíndola, afirmou que a violência ocorre “principalmente” dentro do âmbito familiar. “Muitos casos de violência ocorridos não são notificados. Muitos registrados na polícia, por exemplo, não constam como contra a população LGBT. São casos de violência registrados sem a conotação homofóbica”, diz trecho de nota da entidade.
Para fortalecer o enfrentamento da violência contra o segmento LGBT, o Governo Federal assinou, em 29 de janeiro, uma portaria interministerial.
Segundo dados da Ouvidoria Nacional e do Disque Direitos Humanos (Disque 100), foram registradas 7.649 denúncias de violação contra os homossexuais entre 2011 e 2014. A discriminação e a violência psicológica são as mais recorrentes. Em 2014, elas representaram 85% e 77% dos casos denunciados.
No ano passado, o número de denúncias aumentou em 20%. O Estado de São Paulo é o líder, com 53 registros.
Fonte: Folha Metropolitana